Ciclus Amazônia apresenta avanços na limpeza urbana de Belém e projeto de recuperação do Aurá em seminário nacional

Empresa destaca resultados, investimentos, pesquisa de satisfação e ações de sustentabilidade na gestão de resíduos da capital paraense

Victor Hugo Reis | Créditos: Divulgação

A CICLUS AMAZÔNIA participou, nesta quinta-feira (18), do 24º Seminário Nacional de Limpeza Pública (Senalimp), promovido pelo Instituto Valoriza Resíduos, no Auditório de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará (UFPA). O evento reuniu autoridades, gestores e empresas de todo o país para discutir soluções e experiências na área. O gerente Jurídico da concessionária, Victor Hugo Reis, apresentou a palestra “A evolução da Limpeza Pública em Belém, e a recuperação ambiental do Aurá”. No próximo sábado (20), os participantes farão uma visita técnica à base operacional da empresa, no bairro da Pedreira.

“É uma grande satisfação participar de um evento que reúne os principais atores da limpeza pública no Brasil. Foi uma oportunidade de mostrar como Belém está avançando nesse tema e de compartilhar as ações estruturantes que estamos implementando”, afirmou Victor Hugo Reis. Ele mostrou a transformação que a empresa vem promovendo na capital paraense, desde quando assumiu gestão e o manejo de resíduos sólidos na cidade, em abril de 2024.

Desde então, a Ciclus Amazônia executa o contrato de prestação dos serviços com mais de 2.500 colaboradores e 290 equipamentos Mais de 700 mil toneladas de resíduos foram coletadas até o momento, entre domiciliares, recicláveis, entulhos e resíduos de saúde. Além da coleta domiciliar, inclusive em áreas de difícil acesso e coleta fluvial, na ilha do Combu, por exemplo, a concessionária é responsável por serviços de varrição, capinação, raspagem, roçagem, limpeza de praias e feiras, além de manter ações permanentes de educação ambiental.

Auditoria independente apontou 100% de conformidade do contrato da CICLUS AMAZÔNIA com a Prefeitura Municipal de Belém em 84 critérios avaliados, e um estudo técnico da UFPA atestou a legalidade e a regularidade contratual e operacional da concessão.

Pesquisa

Segundo pesquisa de satisfação, realizada pela AtlasIntel em junho deste ano, 75% da população afirmou que os serviços melhoraram após a entrada da CICLUS AMAZÔNIA, enquanto 70% destacaram avanços em equipamentos e uniformes das equipes. Além disso, o estudo reforçou o cenário de melhorias: apenas 19,2% dos entrevistados citaram a limpeza urbana como um dos principais problemas da cidade, colocando o tema na 8ª posição do ranking. A coleta e a destinação de resíduos aparecem em 10º lugar, com 14,2% das menções. Criminalidade e saúde lideram a lista, ambas com 53,6%.

O levantamento também mostrou apenas 0,5 dos entrevistados afirmaram não ter coleta em suas ruas, indicando cobertura praticamente universal. Para 86,8% dos entrevistados, a recuperação ambiental do Aurá deve ser tratada como prioridade alta, e 83% relataram ter sido afetados pela crise do lixo em 2023. A maioria defende também a criação de um aterro público com regras claras de regulação e reversibilidade ao município, no final da concessão. “Nosso compromisso é reverter um cenário de crise e consolidar uma nova história para a limpeza pública de Belém. A percepção da população mostra que estamos no caminho certo”, destacou Victor Hugo Reis.

Investimentos

O contrato de 30 anos prevê investimentos de mais de R$ 900 milhões na modernização da gestão de resíduos de Belém. Entre os projetos em andamento, estão a implantação de 116 Locais de Entrega Voluntária (LEVs), 18 ecopontos, uma moderna Estação de Transferência de Resíduos (ETR) e uma Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTR), em processo de licenciamento ambiental junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) a ser instalada no município do Acará.

Recuperação ambiental do Aurá

Um dos marcos da atuação da CICLUS AMAZÔNIA é a recuperação do Aterro do Aurá, que ocupa uma área de 118 hectares. Em junho de 2024, a concessionária protocolou o pedido de licenciamento ambiental deste projeto, uma etapa essencial para a regularização da gestão de resíduos da capital. No Aterro do Aurá, a CICLUS AMAZÔNIA conta com 35 colaboradores. Além deles, oito servidores da Prefeitura Municipal de Belém (PMB), da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel/Belém), e servidores da Secretaria Municipal de Saneamento de Ananindeua (Sesan/Ananindeua) também atuam no local.

A operação da CICLUS AMAZÔNIA neste espaço ocorre apenas no Pátio 01, com 14 equipamentos, dentre eles: escavadeira hidráulica, trator de esteira, retroescavadeira, motoniveladora, rolo compactador, pá carregadeira, caminhão basculante e caminhão pipa. O volume médio mensal de resíduos inertes depositados pela empresa é de 28 mil toneladas apenas com seus caminhões. Outras 24 empresas privadas utilizam o Aterro do Aurá, com a medição feita pela Prefeitura de Belém.

Entre as melhorias já implementadas pela CICLUS AMAZÔNIA no Aterro Aurá estão: cercamento e controle de acesso, reforma e informatização do prédio da balança, instalação de novas balanças em fase de testes, pavimentação e sinalização da Estrada Santana do Aurá, implantação de lombadas, placas de sinalização, reforma do espaço administrativo para colaboradores e servidores, pavimentação de vias internas e do pátio de estoque, organização e cobertura de pneus descartados, construção de estacionamento, revitalização de drenagens pluviais, paisagismo e aplicação de bloqueios laterais de concreto na entrada do aterro.

O projeto de recuperação do Aterro do Aurá segue critérios técnicos e ambientais rigorosos. A primeira etapa prevê a regularização geométrica do maciço com materiais inertes, o que permite que as águas pluviais escoem sem contato com os resíduos, reduzindo a formação de chorume. Nesse processo, as obras de terraplanagem incluem o retaludamento do terreno, a instalação de canaletas e dissipadores, além do plantio de grama.

Para garantir estabilidade, o solo receberá camadas compactadas de até 20 cm de resíduos inertes da construção civil, conferindo resistência contra erosões. Um robusto sistema de drenagem também será implantado, composto por drenos horizontais e verticais, barreiras hidráulicas, tapetes drenantes e poços de bombeamento, assegurando a proteção ambiental. E sobre o maciço, será aplicada uma camada de argila compactada e solo, com cobertura de vegetação rasteira nativa. Esse acabamento contribui para a regulação das emissões de gases e reforça a estabilidade do terreno. O entorno passará por reflorestamento, priorizando espécies nativas.

O acompanhamento da área será feito por, no mínimo, dez anos, período em que será avaliada a viabilidade de uso público, com possibilidades de transformação em espaços de lazer e atividades ao ar livre. “O projeto de recuperação do Aterro do Aurá é um marco de sustentabilidade. Estamos buscando transformar uma área que por décadas simbolizou degradação em um exemplo de recuperação ambiental, respeitando normas técnicas e com a visão de futuro para a cidade”, acrescentou Victor Hugo Reis.

Economia circular

A CICLUS AMAZÔNIA também tem atuado fortemente na economia circular. Somente em agosto de 2025, cerca de oito mil pneus inservíveis foram recolhidos das ruas de Belém e doados para reaproveitamento na indústria do cimento, após o processo de trituração. A empresa também encaminha mensalmente cerca de 200 toneladas de recicláveis para cooperativas parceiras, estimulando a coleta seletiva e apoiando programas de educação ambiental.

Sobre a CICLUS AMAZÔNIA

A CICLUS AMAZÔNIA, empresa da Ciclus Ambiental, pertencente ao Grupo Simpar, é responsável pela gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos de Belém (PA). Realiza a coleta, varrição, destinação ambientalmente correta, implantação de ecopontos e locais de entrega voluntária, a recuperação do Aurá, a inserção sustentável de catadores, a implantação de estação de transferência de resíduos (ETR) e a implantação de uma nova central de tratamento e valorização ambiental de resíduos (CTR). A concessão terá duração de 30 anos e receberá investimento da ordem de R$ 900 milhões. Na prestação dos serviços, 2.500 colaboradores têm atuado com o suporte de 290 equipamentos dedicados a todos os serviços, os quais foram disponibilizados desde o primeiro dia do contrato.