
Após mais de seis anos na gestão pública, o advogado Giussepp Mendes retorna ao escritório Pinheiro e Mendes Advogados (PMA) em um movimento alinhado à nova fase de expansão do grupo de associados, que amplia sua presença nacional com unidades em Brasília e, em breve, em São Paulo. A nova etapa profissional será marcada por atuação em Relacionamento Institucional e Governamental (RIG) e Direito Administrativo, além da liderança de iniciativas que conectam o debate amazônico aos grandes centros de decisão do país. Confira abaixo uma entrevista com o jurista, que acumula experiências importantes em sua trajetória, como o lançamento de livros jurídicos com grandes nomes no cenário nacional.
- Você voltou para o Pinheiro e Mendes Advogados, certo? Como ocorreu essa decisão de voltar?
Sim, estou de volta, em um momento muito significativo para o escritório. A decisão partiu de uma construção estratégica, resultado de diálogos com os sócios e de uma transição planejada. Mantive com o governador do Estado uma relação de grande aprendizado e contribuição ao longo de mais de seis anos. Essa saída não foi abrupta — foi negociada com responsabilidade.
O retorno acontece com a missão de colaborar com a nova etapa de expansão do escritório, que agora estabelece presença também em Brasília e São Paulo, o PMA JK – Pinheiro e Mendes Advogados. Embora eu esteja assumindo novas responsabilidades, a liderança do escritório permanece feminina, sob o comando da sócia-fundadora Denise Mendes. Estou voltando para somar a esse novo momento, com muito respeito à trajetória que já vem sendo construída. - Para você, o que representa essa nova fase como advogado?
Representa um recomeço com ainda mais maturidade e clareza de propósito. Após mais de seis anos de atuação na gestão pública, volto à advocacia com uma bagagem que me permite unir o conhecimento técnico ao olhar estratégico das políticas públicas.
Esse retorno é, para mim, a oportunidade de atuar como um elo entre o setor privado e o poder público, através do Relacionamento Institucional e Governamental (RIG), com o qual tenho forte afinidade. É uma fase em que coloco a experiência adquirida a serviço de projetos que exigem articulação, visão sistêmica e compromisso com o desenvolvimento — especialmente no contexto amazônico, diante de eventos como a COP 30. Tenho muita clareza sobre o papel que o escritório pode exercer neste momento político e econômico do Brasil. - Quando ocorreu essa volta?
Minha saída oficial da gestão pública ocorreu em 25 de fevereiro de 2025. Desde então, venho atuando diretamente na preparação para os próximos passos do escritório, com foco na prospecção e estruturação da nossa nova sede em São Paulo.
O escritório, que se chamará PMA JK – Pinheiro e Mendes Advogados, marcará nossa presença no eixo sudeste, com uma proposta robusta de atuação institucional, jurídica e estratégica. - Como está a sua expectativa para esse novo desafio?
As expectativas são muito positivas. Já temos uma atuação consolidada no Pará e, agora, com a presença institucional em Brasília e a abertura da sede do PMA JK em São Paulo — em parceria com o professor e advogado Jacoby Fernandes, com quem já atuamos — avançamos para novos desafios no Sudeste.
A inauguração da sede paulista, prevista para o segundo semestre, representa um divisor de águas. Contar com o professor Jacoby, uma das maiores referências em direito administrativo do país, é uma honra e fortalece nossa capacidade de atuação. A nova estrutura trará uma configuração ampliada ao escritório, com a chegada de novos parceiros e projetos que contribuirão para consolidar nossa presença nacional. - E em quais projetos você atuará?
Estarei à frente da área de Relacionamento Institucional e Governamental e também na área de Direito Administrativo Público, segmentos que me são bastante caros pela trajetória que construí.
Além disso, a nova sede em São Paulo será o espaço para abrigar a operação da Frente Ampla Amazônia, uma plataforma de articulação política, institucional e acadêmica que busca projetar o debate sobre a Amazônia nos grandes centros de decisão. A ideia é deixar de tratar a pauta amazônica apenas como uma questão regional e trazê-la ao eixo sul-sudeste com mais protagonismo, articulando políticas públicas, produção de conhecimento e liderança. - Como você avalia essa nova jornada?
Avalio com entusiasmo e senso de propósito. É uma jornada que me instiga intelectualmente e que exige responsabilidade política. Tenho plena convicção de que podemos fazer a diferença, não apenas na esfera jurídica, mas também como um agente articulador entre a sociedade e os espaços institucionais.
Caminhar ao lado da Denise Mendes e do professor Jacoby Fernandes em novas frentes de trabalho é um privilégio. Compartilhamos o compromisso com o desenvolvimento regional e nacional, com a produção acadêmica e com o debate público qualificado. A aproximação com o eixo sudeste nos abre portas para novas conexões, parcerias e entregas — e estamos prontos para isso.