Evento do Pacto Global da ONU e da KPTL fomenta o empreendedorismo sustentável e a inovação na Região Amazônica

A pouco mais de um ano da COP30, a edição da Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima que será realizada em novembro de 2025 no país, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil e a gestora de venture capital KPTL promovem, no dia 1º de agosto, um evento que vai transformar Belém do Pará na capital nacional da bioeconomia. O Bioeconomy Amazon Summit (BAS) vai reunir na Amazônia 80 startups e promover o fomento de 60 delas, além de uma intensa agenda de discussão em torno do papel da inovação e do empreendedorismo na agenda global de mudanças climáticas.

Para Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, o país tem condições de se apresentar como o maior exemplo de sustentabilidade para o mundo, e o fato de sediar a COP30 alimenta o debate no setor empresarial sobre o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o avanço na Agenda 2030, especialmente na Região Amazônica. “O BAS é mais uma das ações que o Pacto Global tem realizado para que o setor empresarial esteja bem-preparado para este momento. Vamos fazer a ponte entre os empreendedores da economia da região e os investidores e cientistas, fomentando esse mercado cada vez mais promissor e necessário. Vamos também promover debates com especialistas na área e com grandes corporações que têm se destacado na sustentabilidade corporativa no país”, anuncia Carlo Pereira.

O evento, que acontece no dia 1º de agosto, das 9h às 18h, no Hangar Centro de Convenções, em Belém do Pará, contará com a presença de mais de 600 pessoas, entre altas lideranças dos setores público e privado, representantes de organizações, empreendedores, investidores e sociedade civil. O BAS tem o apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), da APEX Brasil, do Mercado Livre, do Sebrae (Pará) e da Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS). Tem ainda como parceiros: a B3, o Banco Amazônia e a Copastur Viagens e Turismo; como parceiros institucionais: a Associação dos Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia (Assobio); a Climate Ventures, a plataforma CUBO ESG, o programa Empreende Amazônia, a Jornada Amazônia e a consultoria Kyvo Design-driven Innovation; e os parceiros de mídia Exame e Rede Amazônica.

Segundo Renato Ramalho, CEO da KPTL, o momento é de muita troca e aprendizado. “Das 65 companhias no nosso portfólio hoje, a maioria está em fase de tração. Destas, 10 exercem atividades diretamente conectadas com o bioma da Amazônia nas mais variadas áreas. Começamos essa agenda em 2013, com o fundo FIMA, ao investir em empresas que priorizam a sustentabilidade em seu modelo de negócios. Até chegar ao Fundo Floresta e Clima, desde 2022, dedicado a mapear e investir em empresas de impacto em sustentabilidade e bioeconomia. E o Amazonia Regenerate Accelerator and Investment Fund, com o apoio do BID Lab, lançado em junho”, detalha Ramalho.

O Amazonia Regenerate Accelerator and Investment Fund será ancorado pelo BID Lab, braço de inovação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, e terá US$ 11 milhões para investir de largada. O plano é atrair novos investidores internacionais e alcançar US$ 30 milhões (R$ 158 milhões) ao longo dos próximos 18 meses.

Um estudo revelou que a bioeconomia no Brasil pode gerar um faturamento industrial anual de US$ 284 bilhões até 2050. Intitulado “Potencial do impacto da bioeconomia para a descarbonização do Brasil”, é fruto da parceria entre a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Embrapa Agroenergia, Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Centro de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBR/CNPEM), Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/CETIQT) e Laboratório Cenergia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cenergia/UFRJ).

BAS é realizado em três momentos

O BAS será realizado em três ambientes – Arena Empreendedora, Plenária e um Round Table/Salas Temáticas, de acordo com a programação neste link. O objetivo da Arena Empreendedora é promover o encontro dos micro e pequenos empreendedores locais com cientistas e investidores. Ali, 60 startups de bioeconomia vão expor e dar visibilidade aos seus negócios. Das 60 startups selecionadas, cerca de 45 participaram dos programas de apoio da Jornada Amazônia, recebendo suporte, mentoria e conexões estratégicas para aumento de sua competitividade. Uma seleção de startups dos mais diversos segmentos como Alimentos e Bebidas, Fármacos e Fitofármacos, Cosméticos, Tecnologia da informação e comunicação, Energia, Logística, Moda, Agricultura Sustentável, Madeira e Móveis, e que oferecem soluções, produtos e serviços inovadores, que geram impacto positivo na floresta, agregando valor a partir do uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais.

A Arena trará ainda palestras e discussões voltadas para os empreendedores, dentro da temática Empreende Amazônia: Incentivos e recursos disponíveis para a inovação da Amazônia; Mapeamento Vivo de Ecossistema: A Força da Colaboração do Ecossistema; e Investimentos para Negócios de Impacto |ZUNNE, Programa de Impacto.

Já o objetivo da Plenária, que acontece no período da manhã, é a promoção de discussões estruturais a respeito do papel da inovação da Amazônia na agenda global de mudanças do clima e como ela pode ser impulsionada por investidores, corporações e órgãos governamentais. A abertura será feita por Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil; Renato Ramalho, CEO da KPTL; Puyr Tembé, Secretária de Povos Indígenas do Pará, Mauro O’de Almeida, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará, além de lideranças empresariais e governamentais locais.

Entre outras agendas, haverá a sessão ‘Movimento Impacto Amazônia e as melhores práticas para empresas se conectarem com a Amazônia via inovação’, com abertura da keynote speaker Ana Alencar, do IPAM, que falará sobre ‘Inovação como ferramenta para Conservação da Biodiversidade’. Depois, o painel ‘Inovação como ponte entre corporações e a Amazônia’, com a participação de Valmir Ortega, da Belterra; Mauro Costa, gerente sênior de Relacionamento com a Sociobiodiversidade da Natura &Co; Laura Motta, gerente sênior de Sustentabilidade do Mercado Livre; e mediação da jornalista Mary Tupiassu. Roberto Waack, presidente do Conselho do Instituto Arapyaú e visiting fellow do Hoffman Center da Chatham House (Londres) fará o encerramento da sessão com o tema ‘Rastreabilidade, logística, e cadeias produtivas’. Waak tem uma longa carreira como executivo e como empreendedor, tendo atuado em empresas nas áreas farmacêutica, de biotecnologia e florestas.

As salas temáticas serão quatro, realizadas de forma sequencial: às 14h – Novos formatos de relacionamento entre as cadeias de consumo e produção: Demandas do varejo; Formatação dos produtos; Agroecologia e agricultura sustentável; às 15h – A bioeconomia da Amazônia como protagonista: Diferenciação da economia exploratória; Integração demandas sociais e formatos de negócios; Conhecimentos tradicionais como base da inovação; Mapeamento das expectativas e prioridades do ecossistema da Amazônia; às 16h – Inovação endereçada aos desafios da Amazônia: Floresta Viva; Soluções baseadas na natureza DA e NA Amazônia; Rastreabilidade; Saneamento ; às 17h – Desafios estruturais: Incentivos Fiscais; Compliance; Logística; Economia circular e resíduos nas cadeias produtivas.

O Pacto Global da ONU – Rede Brasil promoverá ainda, através do Movimento Impacto Amazônia, uma Roda de Saberes Ancestrais e Tradicionais, que servirá de instrumento para que algumas lideranças indígenas e quilombolas falem sobre suas muitas cosmovisões sobre a participação de pessoas indígenas, quilombolas, ribeirinhas, entre outras populações tradicionais no setor privado. Representantes de empresas com operação na região da Amazônia Legal e engajadas com a pauta de direitos humanos e sociobiodiversidade serão convidados para esta escuta ativa.

Sobre o Pacto Global da ONU
Como uma iniciativa especial do Secretário-Geral da ONU, o Pacto Global das Nações Unidas é uma convocação para que as empresas de todo o mundo alinhem suas operações e estratégias a dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Lançado em 2000, o Pacto Global orienta e apoia a comunidade empresarial global no avanço das metas e valores da ONU por meio de práticas corporativas responsáveis. Com mais de 21 mil participantes distribuídos em 65 redes locais, reúne 18 mil empresas e 3.800 organizações não-empresariais baseadas em 101 países, sendo a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com abrangência e engajamento em 162 países. Para mais informações, siga @globalcompact nas mídias sociais e visite nosso website em www.unglobalcompact.org

O Pacto Global da ONU no Brasil foi criado em 2003, e hoje é a segunda maior rede local do mundo, com mais de 2.000 participantes. Os mais de 50 projetos conduzidos no país abrangem, principalmente, os temas: Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação. Para mais informações, siga @pactoglobalonubr nas mídias sociais e visite nosso website em www.pactoglobal.org.br

Sobre a KPTL

A KPTL é uma gestora de Venture Capital com 65 empresas investidas e que acredita em iniciativas sólidas de inovação e tecnologia nos mais variados segmentos. Entre seus setores de atuação, estão o Agronegócio, Saúde, Floresta, Clima, Energia, IoT, entre outros. Sediada em São Paulo, a empresa tem time próprio nos principais centros de inovação do Brasil e segue em busca de startups com consistência e grande potencial de crescimento