Prefeitura de Belém apresenta à Itaipu Binacional projetos para obras voltadas à bioeconomia e reciclagem

Dia 23 de maio deste ano, uma equipe da Diretoria de Obras Civis da Seurb participou de visita ao casarão Higson junto à equipe de dirigentes da Itaipu Binacional.

A Prefeitura de Belém, por meio das Secretarias de Urbanismo (Seurb) e da Coordenação Geral de Planejamento e Gestão (Segep), recebeu uma equipe da empresa Itaipu Binacional, administrada por Brasil e Paraguai, em uma visita técnica. A visita ocorreu no último dia 12, no gabinete do secretário de Urbanismo, Lélio Costa, na sede da Secretaria, em Nazaré. 
 
A Itaipu Binacional operacionaliza convênios no valor de R$ 40 milhões assinados com a Prefeitura de Belém, no âmbito da educação ambiental, gestão de resíduos sólidos, inovação e bioeconomia. É mais uma ação preparatória à Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-30), que será realizada na capital paraense, em novembro de 2025. 
 
O secretário de Urbanismo de Belém, Lélio Costa, explica que o objetivo da reunião foi levantar informações técnicas à implantação do projeto de Modernização dos Galpões de Materiais Recicláveis da avenida Bernardo Sayão e do Parque São Joaquim. 
 
Bioeconomia – Além disso, continua o secretário, a Seurb tratou do projeto de reforma do casarão Higson, da Prefeitura de Belém, onde funcionava a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), na avenida 15 de Novembro, no Centro Comercial, para se tornar a sede do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB). 
 
O projeto de Modernização dos Galpões de Materiais Recicláveis vai garantir mais eficiência operacional ao sistema de reciclagem da cidade, aumentará a qualidade dos materiais recicláveis e reduzirá também os resíduos sólidos encaminhados ao aterro. Além de gerar mais empregos e estímulo na economia local, com responsabilidade socioambiental. 
 
De acordo com o projeto, o galpão do Parque São Joaquim, com 1.256,75 m², envolve recursos de R$ 8,9 milhões e conta com guarita, refeitório/copa, banheiros, vestiários, almoxarifado e piso externo permeável. 
 
Já o galpão da avenida Bernardo Sayão, com 1.770,53 m², receberá investimentos de R$ 8,6 milhões, para a sua construção, além de espaços e serviços. 
 
Casarão Higson se tornará o Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém
 

Segundo a Secretaria Municipal de Coordenação Geral de Planejamento e Gestão (Segep), quando o Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém estiver instalado vai fomentar a bioeconomia e a economia criativa em Belém, além de proporcionar um ambiente voltado para a inovação, transformando o centro histórico e a área central da cidade, como catalisador no incentivo a novos negócios.
 
O arquiteto da Seurb, Douglas Rocha, explica que por permanecer quase dez anos abandonada [pela administração anterior], a edificação sofreu diversas invasões e saques, como cabos, fiação, tubulações, caixas e quadros elétricos, metais, peças sanitárias, portas, janelas e pisos. 
 
As obras pela Seurb devem iniciar ainda neste semestre e custará R$ 8 milhões para a reforma do prédio. Além de R$ 12 milhões à instalação e funcionamento do CIBB. 
 
Modificações – O arquiteto informa, ainda, que com a reforma no casarão Higson, as principais modificações serão a recuperação geral da fachada, implantação de rampa móvel para acessibilidade, instalação de novas janelas no edifício anexo, reforma e ampliação dos sanitários em todos os pavimentos (incluindo às Pessoas com Necessidades Especiais – PNE, no térreo, atendendo à acessibilidade), implantação de novo elevador (o atual está destruído, sem recuperação), implantação de sistema de ar-condicionado,  ampliação da carga elétrica da edificação e instalação de novo transformador. 
 
Além de novo sistema de prevenção e combate ao incêndio, novas cisternas e reservatórios de água potável, novas instalações hidráulicas, nova cobertura do edifício anexo,  abertura para implantação de um átrio (iluminação natural) dos segundo e quarto andares, ampliação do terraço do edifício principal para o edifício anexo, como um mirante, implantação de divisórias em drywall e vidro, iluminação cênica de fachada, pontos de tomadas e rede estruturada para todos os ambientes de trabalho e implantação de café/lanchonete no pavimento térreo do edifício principal. 
 
Como o antigo prédio da Sefin é histórico, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) elabora as diretrizes do projeto para entregar à Segep, que gerencia o contrato com a Itaipu Binacional e repassará para a Seurb executar. Texto: