A força da produção industrial na Amazônia e sua contribuição para o desenvolvimento da região serão destaque na XVI Feira da Indústria do Pará (FIPA), realizada pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (Sistema FIEPA), entre os dias 22 e 25 de maio, no Hangar Centro de Convenções, em Belém. Sobre os destaques do único evento do setor industrial da Amazônia, o Cenário News conversou com exclusividade com o presidente da FIEPA, Alex Carvalho. Confira.
Qual o principal objetivo da FIPA?
Alex Carvalho – O principal foco da FIPA é dar visibilidade às indústrias do estado, destacando os produtos feitos por empresas genuinamente paraenses, mostrando o desenvolvimento econômico ao longo dessa cadeia produtiva e incentivando a internalização das compras locais. É também espaço para que a indústria apresente sua contribuição significativa para a economia estadual, gerando empregos, renda e impulsionando o desenvolvimento. E, claro, é uma oportunidade para que a sociedade conheça a atuação do Sistema FIEPA, por meio do SESI, SENAI, IEL, Centro Internacional de Negócios e Redes, no apoio e aprimoramento contínuo da indústria local.
Qual o diferencial da programação deste ano?
Alex Carvalho – A edição deste ano traz várias novidades, entre elas o fato de que 40% dos expositores são empresas que participam pela primeira vez do evento, o que demonstra um processo de retomada e renovação do setor. Outro destaque será o Congresso Técnico, uma adição valiosa ao evento, com mais de 20 painéis, 50 palestrantes especialistas em suas áreas.
Também teremos o ‘Espaço Made In Pará’, onde pequenas e médias indústrias locais apresentarão produtos feitos a partir de matérias-primas da Amazônia, oportunidade para destacar a bioeconomia e promover produtos regionais.
Esse ano, conseguimos trazer pela primeira vez ao Pará a versão itinerante do Espaço SESI LAB, um museu 100% interativo, sediado em Brasília, que conecta de forma lúdica, arte ciência e tecnologia. O interessante é que o tema do SESI LAB 2024 é bioeconomia e biodiversidade, totalmente integrado com o tema da FIPA.
Ainda sobre as novidades, o evento terá o Selo Evento Neutro, com o compromisso de o compromisso de compensação de 49 toneladas CO2 equivalente (CO2e), até o fim da programação. Também teremos certificado de energia renovável e um espaço para reciclagem do lixo gerado durante o evento.
Ao longo destes mais de 30 anos de realização do evento, o que a FIEPA considera como principal legado ou contribuição da feira para o setor empresarial da região?
Alex Carvalho – Em sua trajetória, a FIPA tem sido uma plataforma importante para promover o crescimento e a inovação no setor industrial do nosso estado, atuando como incentivadora da indústria regional, divulgando a produção local e proporcionando um ambiente dinâmico e repleto de oportunidades para novos negócios. Com certeza, este é o maior evento da indústria da Amazônia e estamos com grande expectativa para mostrar as soluções inovadoras que serão compartilhadas tanto nos estandes quanto no Congresso Técnico, e que nos trarão importantes aprendizados para a nossa jornada por uma indústria mais moderna e sustentável aqui na nossa região.
A Feira deste ano traz como tema Negócios e Sustentabilidade na Amazônia, e em breve teremos a realização da COP 30 na capital paraense. Como o setor industrial se prepara para receber este evento? Quais os principais desafios para o setor?
Alex Carvalho – A escolha do tema da FIPA se deu antes do anúncio do Pará como sede da COP 30, o que demonstra o alinhamento e compromisso da FIEPA e do setor industrial em participar dessas discussões globais sobre transição econômica, com vistas à convergência entre produção, competitividade, inovação, preservação ambiental e desenvolvimento humano. Então, ao colocarmos a indústria da Amazônia no centro dessas discussões, o que buscamos é fortalecer o setor e impulsionar uma nova indústria mais consciente e responsável.
A receptividade do setor para o evento é sempre bem positiva e diante da venda total dos estandes e o interesse demonstrado pelo Congresso Técnico, podemos perceber o interesse das empresas em discutir e implementar práticas sustentáveis em suas operações e presumir que o evento já é um sucesso.
No que consiste a Rodada de Crédito? Quem pode participar e quais instituições financeiras estão confirmadas?
Alex Carvalho – Sabemos que acesso a crédito é um desafio para as empresas, principalmente, para as pequenas e médias. Por isso, o nosso Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC/FIEPA) vai realizar essa Rodada de Crédito para se colocar como um facilitador desse relacionamento entre os empresários paraenses e as instituições financeiras. Estão confirmadas dez instituições financeiras, que irão esclarecer dúvidas, orientar e dar acesso ao empréstimo ou financiamento, e dois escritórios de elaboração de projetos, que vão auxiliar os empresários na formatação dos seus projetos para análise bancária.
Já temos confirmados o Bradesco, Cressol, Eburry Bank, Banpará, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Travelex Bank, Siccob, Sicred e Banco Itaú. Os dois escritórios de gestão de projetos são ADG Consultoria Empresarial e projetos Econômicos e PROCONSEL – Consultoria Gestão de Projetos.