TRT-8 realiza cerimônia de posse administrativa de nova desembargadora


A cerimônia acontecerá na segunda-feira, 15, às 11h, no salão nobre do tribunal

O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP) realiza durante a manhã desta segunda-feira, 15, às 11h, no salão nobre do regional, a cerimônia de posse administrativa da sua nova desembargadora, Selma Lúcia Lopes Leão. A magistrada teve sua indicação por meio da lista tríplice da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA) e ocupará a vaga disponibilizada por conta da aposentadoria do desembargador Mário Leite Soares, que era oriundo do Ministério Público do Trabalho. 

Para a magistrada esse será mais um grande desafio em sua carreira de mais de 35 anos. Ela relata ainda como recebeu a notícia de sua nomeação. “Recebi com grande honra e emoção, afinal, o caminho foi longo, com incertezas e desafios. Este em especial vejo como um dos maiores de minha carreira. É um momento único em minha trajetória profissional construída por quase quatro décadas. Quero contribuir com o TRT-8, com a minha experiência acumulada e empreender todos os esforços para corresponder às expectativas e à nobreza que o cargo exige”, ressaltou a magistrada. 

Sendo a única mulher na lista tríplice pela disputa da vaga, a nova desembargadora destacou a importância sobre as questões de diversidade, gênero e raça, determinadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com intuito de garantir mais representatividade no judiciário. “A abordagem interseccional no Judiciário é crucial por diversos motivos, dentre eles a aproximação dos sistemas de Justiça com a sociedade, como forma de favorecer a construção de narrativas plurais e mais próximas da realidade social. É de suma importância garantir maior equidade de raça e de gênero nos Tribunais para a redução de desigualdades, transformação do Judiciário, efetivação do estado democrático de direito, justiça e igualdade.”

Entendendo a importância das ações desenvolvidas pela Justiça do Trabalho, sobretudo voltadas ao combate do trabalho degradante, a desembargadora falou também sobre ações que vêm sendo executadas pelo TRT-8. “É de absoluta prioridade a erradicação ao trabalho degradante em todas as suas formas, coibindo as sérias violações aos mais básicos direitos trabalhistas, que se constitui em impedimento concreto ao primado do trabalho decente. Nesse sentido, é necessário o comprometimento e esforços por todos que estão preocupados com a promoção da justiça social. Nesse contexto, a Justiça do Trabalho, como justiça social, assume posição de vanguarda para a efetividade da legislação e combate às violações, especialmente no contexto regional, que expõem nosso Estado, nacional e internacionalmente, pela chaga social do trabalho infantil e análogo à escravidão.”