
Este mês, o Conjove, um dos principais conselhos da da Associação Comercial do Pará que reúne jovens empresários e mais de 200 empresas, completou 35 anos de atuação. O Cenário News conversou com exclusividade com o presidente do conselho, João Marcelo que fez um balanço da gestão atual, comentou sobre os desafios e o legado que esta diretoria deixa na história da entidade. Confira.
Há quanto tempo você é associado do Conjove e há quanto tempo está à frente da organização?
João Marcelo Estou há 17 anos no Conjove, e atualmente no meu segundo mandato. Mandato esse de dois anos cada um, pois o presidente anterior a mim precisou se ausentar do Conselho e eu entrei em exercício durante um ano final do mandato dele. Então estou desde 2020 e sigo até 2024.
A entidade é conhecida por sempre lançar novas lideranças no Estado. Gostaria que você comentasse sobre isso
João Marcelo A entidade realmente é conhecida como formadora de jovens de lideranças, pois além de promover muita capacitação e muito network entre os participantes, também formamos jovens lideranças: seja para assumir cargos, seja para assumir posição de protagonismo em seus segmentos. Hoje temos representantes do agro, da indústria, do comércio, do serviço, o conselho não é um conselho somente para grandes empresários. Ele também é pra quem está começando, pra quem é universitário e a gente tem muito orgulho de participar disso.
Como você poderia avaliar sua gestão? Que palavra você usaria para definí-lá?
João Marcelo È difícil a gente fazer uma avaliação própria sobre nosso trabalho, mas eu vejo com muito bons olhos todos todos os presidentes que passaram tem a obrigação de sempre entregar o melhor e eu tenho certeza que nós, eu e a minha diretoria a gente sempre tem entregado o que é de melhor pra pra sociedade paraense, assim também como o Brasil porque o Conjove é filiado a Confederação Nacional e a gente tem feito um trabalho também a nível nacional muito bom, como o Feirão do Imposto, por exemplo, eleito o maior feirão do imposto do Brasil. Nós também fizemos o primeiro encontro nacional de jovens empresários trazendo a confederação pra cá -foram dezenove estados aqui em Belém- um evento muito concorrido.
*Quais principais desafios e conquistas alcançados neste período?
João Marcelo Acho que o desafio principal foi a pandemia, que ocorreu na primeira gestão. Foi um desafio enorme da gente continuar a fazer o nosso trabalho, mas não presencialmente. Nós mudamos completamente para o digital, mas a única coisa que nós deixamos combinados entre entre as diretoras era que nós não iríamos parar. Todas as entidades pararam ou suspenderam seus seus trabalhos, mas o Conjove continuou e aí quando começou a ter a flexibilização das restrições de contato, nós lançamos o Conjove Summit que é a feira do jovem empresário, com muita capacitação, com muitos estandes de jovens empresários demonstrando seus produtos e serviços, então eu acho que esse foi o principal desafio da nossa gestão mas que deu um resultado super importante. Lógico que, infelizmente, perdemos alguns amigos, familiares e a gente sente muito por isso, mas a gente tem a responsabilidade de trabalhar em prol deste conselho e quer o melhor para esses jovens empreendedores.
Na sua avaliação, qual legado sua gestão deixa ou pretende deixar para a história do Conjove?
João Marcelo Eu vejo que em todas as áreas tivemos avanços significativos. Na parte de gestão o Conjove avançou muito. Hoje, nós que fazemos a gestão dos nossos associados, a parte financeira também está super estruturada, então na parte de gestão a gente conseguiu um um avanço significativo triplicando, praticamente, a quantidade de associados que tínhamos lá no começo da nossa da nossa gestão. Outro ponto é que nossos eventos aumentaram a quantidade de público. Tivemos também um avanço no setor de capacitação, principalmente com a chegada do Summit. Fizemos um ajuste na questão social: nós tínhamos a empresa madrinha que fazia essa parte social e a gente acabou transformando essa empresa madrinha no Conjove Solidário, algo mais amplo que além das ações sociais, como doações, está focado na capacitação desses jovens em situação de vulnerabilidade, de formar novos jovens empreendedores. Isso é importante para a sociedade paraense, haja vista que 36% dos jovens do nosso Brasil não estudam e nem trabalham e isso é muito ruim. Belém, no último censo do IBGE (2010) perdeu noventa mil pessoas, além disso é muito triste ver o próprio paraense, o belenense indo para outros estados procurando uma vida melhor. E nós como Conjove, nós como jovens, precisamos ficar aqui na nossa cidade, muito próximo ao poder público, trabalhando o nosso pilar da representatividade, buscando sempre soluções para os problemas estruturais que temos por aqui. Estamos sempre prontos para entregar o melhor. A melhor capacitação, o melhor nível de relacionamento entre os participantes e sempre ter uma comunicação entre os nossos representantes. Então procuramos sempre aumentar cada vez mais isso.
Agora como legado eu vejo que o Conjove é um conselho bem mais forte do que eu encontrei e eu tenho certeza que os próximos presidentes, a partir de março do ano que vem, também irão deixar o conselho ainda mais forte do que encontramos.