Em entrevista ao Roda Viva, Helder Barbalho fala sobre suas intenções para as eleições em 2026

Foto: Agência Pará/Marco Santos

Na última segunda-feira, 13, o Governador do Pará, Helder Barbalho participou do Roda Viva, um dos mais importantes programas de entrevista da televisão brasileira, no ar há 35 anos, produzido e transmitido pela TV Cultura. Na ocasião, o chefe do executivo paraense destacou a importância da floresta em pé e as iniciativas de preparação de Belém para a COP 30. O governador também foi questionado sobre assuntos como combate à criminalidade, avanço do desmatamento no Pará, avaliação dele sobre a atividade petrolífera no estado, avanço da agropecuária, mineração, além de suas intenções para as eleições em 2026.

Participaram da banca de entrevistadores, Eduardo Belo, editor de Brasil do jornal Valor Econômico, o repórter de política da Folha de S.Paulo, Joelmir Tavares, Malu Delgado, chefe de reportagem da plataforma Sumaúma – Jornalismo do Centro Mundo, Laís Duarte, repórter da TV Cultura e  Pedro Venceslau, analista de política da CNN Brasil. 

Durante a entrevista, o Governador do Pará estimou que a COP 30 será a maior, em termos de demandas de visitações, e destacou a oportunidade de legados do evento para a Amazônia, não só de infraestrutura. “Pela primeira vez, nós podemos inserir na discussão qual o papel da floresta na agenda das mudanças climáticas. Historicamente, como é que se colocam os posicionamentos dos grandes países? O Brasil precisa preservar a floresta, mas apresentam soluções que possam criar uma valorização da floresta viva e possam construir uma solução de sustentabilidade ambiental, mas que seja uma sustentabilidade social. E acho que é o grande momento para nós discutirmos mercado de carbono, para que nós possamos apresentar as soluções que estão sendo feitas de redução de emissão e de desmatamento, mas que possamos implementar bioecoeconomia, a floresta com mecanismos de concessão de uso do solo, portanto alternativas que possam gerar empregos verdes”, destacou o governador.

Outro assunto pontuado durante a entrevista foi a potencialidade petrolífera no litoral do Estado, em que o chefe do executivo paraense sugeriu que a Petrobras devesse liderar o país na transição energética e  financiando as ações de preservação da Amazônia.

“Devemos fazer com que esta empresa seja a principal fomentadora da transição energética para a redução do uso de combustíveis fósseis como também da transição ecológica, para gerar oportunidade para a Amazônia. A Petrobras pode cumprir um papel muito maior, de muito mais envergadura, de protagonismo em financiar o fundo da Amazônia, seja para atividades de controle, seja para financiar novas economias de floresta em pé”, pontuou.

Questionado sobre suas intenções para as eleições 2026, o Governador do Pará afirmou que eleição é resultado daquilo que se planta. “Pensar em eleição neste momento, primeiro seria uma deslealdade com o meu estado. Segundo seria um equívoco, porque compreendo que eleição é resultado daquilo que você planta. (..) E eu pude ver essa experiência nessa última eleição. Eu praticamente não fiz campanha porque durante os quatro anos a intensidade com que eu administrei o estado, indo em todas as cidades, criando uma agenda, o resultado da eleição foi um processo de colheita. O que que eu quero neste momento? Entregar para o meu estado aquilo que nós iniciamos em 2019, deixando um legado –  de um estado melhor, um estado mais justo. O estado (do Pará) tem problemas enormes, problema na educação que nós temos que melhorar o Ideb, problemas de cobertura de saneamento, combates a problemas territoriais e ainda somos um grande desafio pro Brasil na agenda ambiental. Portanto, qual é o meu foco? É deixar o legado administrativo e fazer uma COP que dê orgulho ao Brasil e seja um exemplo de um grande momento para o nosso país. Isto vai lhe permitir, nas eleições de 2026 estar colocado como um ator da política paraense, mas certamente me dará oportunidade de ser escutado sobre as discussões nacionais”, frisou Helder Barbalho. 

Confira os outros pontos abordados na entrevista na íntegra: