Na edição deste ano da Feira de Artesanato do Círio, os visitantes encontram duas novidades que fazem parte de espaços com ênfase em produtos inovadores com foco na sustentabilidade e pluralidade: a casa ribeirinha e a casa artesanal.
A coordenadora da FAC, Vera Rodrigues, destacou a importância dos dois espaços. “A nossa ideia foi trabalhar com a inovação e destacar a cultura do povo da Amazônia a partir dos dois modelos de casas. O importante é saber que nós podemos decorar as nossas casas com o artesanato que temos aqui, é uma forma alternativa”.
Com o objetivo de reproduzir a realidade do povo ribeirinho, logo na entrada da feira, as pessoas tem acesso a uma réplica de casa palafita, moradias feitas de madeira presente nos rios da Amazônia.
A paleta de cores vibrantes utilizadas na casa faz referência ao espírito hospitaleiro dos moradores dos rios amazônicos, conforme destacou o diretor de criação Sebá Tapajós. “As cores que uso são vibrantes, a minha arte remete a receptividade e alegria dos povos ribeirinhos. No meu trabalho, tenho como foco o conceito da pluralidade”.
Ângela Zoletti, que reside no Paraná e está pela primeira vez em Belém, falou que tinha curiosidade em conhecer um pouco sobre as moradias dos ribeirinhos. “A gente só vê esse tipo de moradia pela televisão e ficamos imaginando como essas pessoas vivem. Gostei de saber como é por dentro, descobrir um pouco sobre essa realidade”.
Carmem Zeni, da cidade de Toledo, no Paraná, também pela primeira vez na capital paraense, destacou que nunca tinha visto uma estrutura de casa parecida com a que está na feira. “Moro no Paraná e é uma realidade completamente diferente dessa. Achei muito interessante conhecer uma reprodução da realidade ribeirinha”.
Casa Artesanal
A Casa Artesanal é um outro espaço muito visitado na FAC. A estrutura está decorada com produtos que estão à venda na feira, como guirlandas, artigos em miriti, móveis de paletes e uma mesa posta.
A engenheira civil, Paula Mendes, comentou que a caravela de miriti foi o que mais chamou a sua atenção na casa. “O espaço está lindo, ele valoriza a nossa cultura popular paraense. O que mais gostei aqui é essa caravela que está muito bem trabalhada, cheguei até perto para saber se era de miriti mesmo”.
Vania Castro, moradora de Belém que visitou a FAC pela primeira vez, disse estar surpresa com os produtos artesanais que fazem parte da mobília da casa. “Me surpreendi com o abajur e o quadro da casinha, fiz até foto, porque achei lindo demais. São coisas naturais que eu nunca tinha visto”.
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Serviço: A FAC funciona de 10h às 22h até amanhã (quarta-feira), no Porto Futuro. Entrada gratuita.