Mercado imobiliário paraense vive a expectativa de bons negócios

Marlene Felippe, Presidente CRECI-PA

De olho nos grandes eventos que Belém vem recebendo e na reduzida quantidade de vagas em hotéis, a aposta de muitos corretores está no aluguel de imóveis e nos aplicativos de moradia por temporada.

A COP 30 já é uma realidade para Belém. Desde que a capital foi anunciada como a próxima sede do evento, a ser realizado em 2025, a cidade iniciou um intenso processo de transformação.

Infraestrutura, investimentos em turismo e lazer, melhoria da mobilidade urbana. Tudo já foi anunciado e até obras já foram iniciadas pelas autoridades. A proposta é deixar o município acessível, atraente e agradável às milhares de pessoas, do mundo todo, que devem aterrissar por aqui.

Recentemente, com o Diálogos Amazônicos e a Cúpula da Amazônia, Belém passou por um primeiro teste. E uma das principais respostas obtidas foi a de que precisa melhorar a parte de hotelaria. Semanas antes destes dois grandes eventos serem realizados, não havia mais vaga em hotéis e pousadas, sendo necessário, e até cogitado, o uso de hotéis de cidades próximas, como Salinópolis, por exemplo.

A situação levantou um alerta e ao mesmo tempo despertou interesse e expectativa a um importante segmento econômico: o mercado imobiliário. O cenário, certamente, ficará positivo para a locação de imóveis e a internet será uma aliada nesse processo.

“Hoje, não podemos fugir da realidade dos aplicativos de moradia por temporada que dominam o online. Além disso, temos outras ferramentas digitais que nos ajudam a chegar ao consumidor final. Então, nós, corretores, também precisamos nos qualificar, ficar por dentro, saber mexer, para colhermos bons frutos do que a COP trará para Belém”, acredita Marlene Felippe, Presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Pará.

E as expectativas não giram só em torno de Belém, mas de outras cidades turísticas do estado também. “Quem investe numa viagem dessa para cá, não vem passar poucos dias. Então, com certeza, devemos ter uma estadia prolongada por parte dos turistas, e isso vai favorecer o mercado de locais como Alter do Chão, Bragança, Salinas; São pedaços interessantíssimos do mercado e que também precisam de atenção por parte do corretor”, aposta Marlene.

Valorização– Grandes eventos puxam grandes obras. A região metropolitana de Belém deve passar por uma transformação nos próximos anos com projetos que prometem mudar a vida de quem mora nas cidades e atrair mais visitantes. Parques, aberturas de vias, revitalização urbana, asfalto. Investimentos capazes de gerar emprego, renda e oportunidades.

“Podemos esperar a valorização de imóveis nessas áreas próximas a estas grandes obras. Isso vai significar um mercado mais aquecido, chamativo a investidores e cheio de novidades. E isso deve abraçar todas as classes, pois com os olhos do mundo voltados para cá, políticas públicas sociais também vão aquecer o mercado imobiliário das chamadas moradias populares”, avalia a corretora e presidente do CRECI.

Internet a favor– Aplicativos, sites, WhatsApp e a boa e velha indicação. São várias as formas de se chegar até um cliente e intermediar a compra, a venda e o aluguel. Pensando em aprimorar o conhecimento dos corretores de imóveis e já qualificá-los para a demanda gerada pela COP 30, o CRECI-PA está investimento em cursos e palestras.

No fim do mês, dia 31, três renomados palestrastes do segmento estarão em Belém justamente para abordar o tema. Kátia Cubel, Marcelo Nogueira e Kérlia Souza vão apresentar propostas, falar sobre investimentos no digital, em como ser visto e alcançar o objetivo: a venda ou o aluguel. Toda a programação será gratuita aos corretores de imóveis e estagiários que estão em dia com o Conselho.

“Em um outro momento, trouxemos outro importante nome do mercado imobiliário que se destaca na internet para falar sobre esse processo e despertar ideias em nossos colegas. Continuamos a investir nesse assunto porque sabemos da importância do conhecimento, do quanto as redes sociais já viraram cartão de visita e pesam na hora de escolher um profissional e fechar o negócio”, ressalta a presidente do CRECI-PA.