A Amazônia, berço de rica biodiversidade e cultura, tem conquistado cada vez mais turistas em busca de experiências autênticas. O restaurante Amazônia na cuia, em Belém, e A Casa do Celso, na Ilha das Onças, em Barcarena, são dois espaços que têm apostado na identidade amazônica para atrair visitantes e impulsionar o turismo local. Em entrevistas exclusivas, os proprietários compartilham suas histórias, estratégias e perspectivas de crescimento.
Rafael Barros, proprietário do restaurante Amazônia na cuia, conta que o principal objetivo do estabelecimento era criar um espaço autêntico, que recriasse a ambientação amazônica por meio da gastronomia. “Para mim, nós temos a melhor culinária do mundo, é nosso dever proporcionar a melhor experiência gastronômica para os nossos clientes. Quando eles vêm aqui, saem encantados do restaurante, por um conjunto de fatores: comida diferenciada e preço justo para o que oferecemos, além de um ambiente único, proporcionando uma imersão cultural e um atendimento totalmente diferenciado”, diz.
O restaurante recebe um público diversificado, com uma divisão igualitária entre turistas e paraenses. Os clientes costumam optar pelos menus degustação, que oferecem uma variedade das delícias da Amazônia, como moqueca de filhote, pirarucu de casaca, caranguejo com farofa pai d’égua, arroz de pato no tucupi, açaí, unha de caranguejo e salgado de charque com queijo do Marajó.
Além da gastronomia, o restaurante está em expansão, com obras em um ponto ao lado do local original. A previsão é inaugurar o novo espaço em breve, ampliando a capacidade e se tornando uma parada obrigatória para turistas e moradores de Belém.
Essência amazônica
Felipe Marujos, coordenador de passeios da A Casa do Celso, conta que o espaço teve origem em 2018, com um projeto da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) para melhorar a vida dos moradores da Ilha das Onças. O projeto visava oferecer alternativas de renda além do açaí, principal fonte de subsistência da comunidade ribeirinha.
Com o encerramento do projeto, o local passou a receber visitantes interessados em conhecer a cultura local, e tornou-se uma porta de entrada para o turismo na região, recebendo turistas nacionais e internacionais. De acordo com Felipe, A Casa do Celso é definida como um espaço de promoção de eventos e experiências sensoriais, não é aberta ao público, mas faz reservas para momentos específicos e realiza um projeto chamado “Escapadas de Belém”, onde são realizadas vivências gastronômicas, com ioga, spa, massoterapia e acompanhamento do processo de coleta do açaí.
“Nós queremos apresentar ao visitante uma experiência de imersão, para que ele possa ver a Amazônia na sua essência, na sua beleza, na sua poesia. Uma das causas que a gente defende sempre é a proteção da região. Sempre falamos a quem nos visita que sem a floresta não vai existir turismo, não vão existir essas experiências que estamos proporcionando. A Amazônia é uma poesia singular e plural ao mesmo tempo, e o nosso espaço trabalha para apresentar a região de forma autêntica e verdadeira, mostrando sua beleza, cultura e gastronomia”, conclui o coordenador.