Investir nas redes sociais e marketplaces pode transformar a performance das micro e pequenas empresas
Que as compras virtuais foram incorporadas na rotina dos brasileiros todo mundo já sabe. Mas como funcionará o e-commerce do futuro? Quais são as principais tendências de consumo digital? O Brasil comporta hoje mais de 215 milhões de habitantes, com 77% dessas pessoas tendo acesso à internet e podendo ser convertidas em potenciais consumidores. Apesar dessa constatação, levantamentos feitos pelo Sebrae mostram que ainda há uma parcela significativa dos pequenos negócios que ainda não digitalizaram o seu modelo de negócio. Dados de pesquisas feitas pela instituição, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam que das 19,5 milhões das micro e pequenas empresas brasileiras aproximadamente 27% (5,3 milhões), ainda não entraram para o mercado digital, não usam redes sociais, sites ou aplicativos para vendas.
De acordo com o coordenador de Mercados e Transformação Digital do Sebrae, Ivan Tonet, antes de falar em tendência é preciso entregar o básico. “Fazendo o arroz com feijão bem-feito já é possível obter bons resultados. Como está a sua loja virtual? Você tem um site, uma página nas redes sociais bem atrativa?”, questiona. Tonet destaca ainda a importância de se valorizar a experiência de compras pelo celular. Segundo ele, o comportamento do consumidor mudou e as pessoas compram com seus smartphones de onde estiverem. “O mobile representa 53% das vendas digitais nacionais, gerando receita de R$ 95,5 bilhões, no ano passado”, indica. Outra tendência é que os consumidores usem cada vez mais os aplicativos das lojas. “60% das compras foram feitas diretos em apps, ou seja, o consumidor quando quer um produto já está indo direto na loja de sua preferência, sem fazer buscas no Google”, acrescenta.
Explorar as redes sociais como forma de atração e vendas com menos fricção é fator decisivo para performar bem nas vendas digitais. Micro e pequenos negócios nas áreas de moda, beleza, decoração, saúde e eletrônicos podem investir em boas imagens para montar sua vitrine virtual. “Tem jovens buscando looks do dia no Instagram ou restaurantes para almoçar no Tik Tok. Todas as vezes que percebemos essas mudanças de comportamentos temos que enxergar também as possibilidades de produzir conteúdo para vender”, afirma o coordenador.
Para quem ainda não entrou no universo das vendas digitais, Tonet recomenda buscar a orientação do Sebrae. “Temos, por exemplo, o Sebraetec, onde o empreendedor pode fazer sua loja virtual com condições facilitadas. E disponibilizamos uma série de conteúdos e estratégias voltados aos marketplaces com os quais o Sebrae tem parceria como Magalu, Amazon e Mercado Livre”, exemplifica. Por fim, Ivan Tonet revela quais são os fatores de decisão dos consumidores mais frequentes no momento da compra nessas grandes redes. “Não é só preço, ele também observa a avaliação da loja parceira, tempo de entrega e números de pedidos. Sem falar que o fato de você colocar seu produto para vender em redes gigantes como essas plataformas já se torna um facilitador para sua venda”, diz.
Fonte: Portal Sebrae