Concessões florestais, manejo florestal e origem legal da madeira foram alguns dos assuntos abordados durante evento voltado para discutir o uso sustentável dos recursos naturais no Pará
A produção florestal madeireira realizada no Pará, seus produtos, entraves, técnicas e tecnologias sustentáveis foram alguns dos assuntos debatidos no painel “Produtos Madeireiros da Floresta: Diversidade, Produtividade, Produção e Mercado”, realizado no último dia 10, durante o evento Floresta Pará, na Estação das Docas.
O evento, que vai até hoje, é promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), com o objetivo de integrar os diversos segmentos que promovem o uso sustentáveis dos recursos naturais no Estado, por meio de mesas-redondas, exposições de produtos florestais, da agricultura familiar e de povos e comunidades tradicionais do Pará.
Participaram do painel da manhã, o diretor técnico da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), Deryck Martins, o diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas Concessionárias Florestais, Daniel Bentes, e o diretor jurídico da Associação da Cadeia Produtiva Florestal da Amazônia (Unifloresta). A mesa-redonda ainda contou com mediação da professora Gracialda Ferreira, diretora do Ideflor-Bio.
De acordo com Deryck Martins, o espaço foi mais uma oportunidade para apresentar e discutir formas de produção sustentável, como o manejo florestal. “Pudemos falar sobre o uso sustentável e rastreável da madeira, a importância que tem usarmos madeira advindas de projetos florestais legais, além de promover a conscientização sobre o seu uso, buscando chamar a atenção para o fato de que ela é um recurso natural renovável e que é possível utilizá-la de formas diversas, nobres e com origem em planos de manejo florestal legal, rastreável e sustentável”, resumiu.
Outro assunto muito debatido durante o evento girou em torno das concessões florestais e sua importância para a garantia de uma produção contínua e sustentável de madeira e outros produtos e serviços florestais. “A cada ano que passa, as concessões florestais se estabelecem como uma política pública que deu muito certo, com dezenas de contratos em andamento, produzindo madeira, gerando receita para Estados e municípios, emprego e renda para diversas comunidades, além de proteger as florestas públicas brasileiras. Agora, nesse momento, é preciso fortalecer ainda mais essa política, debater regras mais mdoernas, novos formatos, para garantir a ampliação desse mecanismo que é plenamente capaz de suprir toda a produção de madeira no Brasil, com rastreabilidade, garantia de origem e de forma sustentável”, defendeu o diretor da Confloresta, Daniel Bentes, durante o evento.
Casa sustentável – Além da programação científica, a Aimex levou para o evento uma casa feita totalmente de madeira. A ´Casa Aimex´ ficará exposta disponível para visitação em frente ao galpão três, na área externa da Estação das Docas, até o mês de dezembro. A proposta da Casa é chamar a atenção da sociedade para a importância da madeira, além de mostrar como a matéria-prima é produzida e está presente em tudo ao nosso redor. ´Mais do que isso, essa mesma casa é exportada para diversos países do mundo, principalmente para a região do Caribe, então queremos também mostrar como é possível utilizar a madeira industrializada até mesmo para erguer uma casa do chão ao teto, com durabilidade e qualidade de nível mundial, além de ser produzida a partir de uma matéria-prima renovável´, finaliza Deryck Martins.