Guido Germani, presidente do Simineral, comenta sobe os primeiros meses na gestão do Sindicato

Formado em Administração de Empresas pela Faculdade Candido Mendes, com pós-graduação em finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC), ambos no Rio de Janeiro, o presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), Guido Germani, se especializou em marketing pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e em agrobusiness pela Universidade de São Paulo (USP/ ESALQ).

Guido Germani, diretor presidente da MRN e presidente do Simineral. Foto Wanezza Soares

Atua na área da mineração desde 2008, tendo passado por empresas de diamantes, níquel, minério de ferro, fertilizantes e bauxita. Foi diretor financeiro da Vale Fertilizantes e, em 2017, passou a ocupar a posição de diretor presidente da MRN, atividade que desenvolve em paralelo ao Simineral, como presidente desde março deste ano. Em entrevista ao Cenário News, ele conta um pouco sobre a experiência de estar à frente do Sindicato.

Que balanço você faz desses primeiros meses na presidência do Simineral?

O acompanhamento sobre o desempenho do setor mineral, especialmente no Pará, é constante e muito nos interessa para que possamos entender melhor o cenário local e os fatores que interferem nas mudanças correntes ao logo da trajetória.

Dentre as atividades que desenvolvemos nesse primeiro semestre, tivemos a articulação de apoio de programações com o poder público que incentivem o trabalho voltado ao empreendedorismo local, bem como a capacitação de pessoas. Um exemplo disso são as parcerias desenvolvidas entre o Simineral e o Governo do Pará, com a realização de eventos com temática do empoderamento feminino e o mini festival do chocolate, flores e joias da Amazônia, que refletem nossos valores em criar um ambiente institucional favorável e apoiar ações que promovem o desenvolvimento sustentável na região.

Quais serão os pilares e as prioridades da sua gestão à frente do Simineral?

Um dos pilares da minha gestão é desenvolver ações em prol dos nossos associados. É fundamental que tenhamos essa atenção para que possamos ser uma instituição de referência na promoção e defesa da indústria de mineração no Pará, promovendo investimentos nessa importante indústria.

As ações voltadas para capacitação, cultura e relacionamento entre as entidades também estão na nossa agenda de compromisso como forma de promover cada vez mais a indústria da mineração, consolidando diálogos entre as esferas privadas e públicas, sendo ponte de interlocução entre as empresas, o estado e sociedade.

Quais as perspectivas para o setor mineral nos próximos meses, com a gradativa, ainda que lenta, superação da pandemia?

A retomada das atividades é um processo gradativo e que precisa ser respeitado, seguindo todos os protocolos exigidos para garantir a segurança de todos os envolvidos na cadeira mineral. Com os avanços no controle à covid-19, graças aos estudos desenvolvidos na área da saúde e à vacina, estamos caminhando para uma média de investimentos o Brasil e também no Pará, retomando aos poucos à normalidade.

As perspectivas para os próximos anos no setor mineral são boas. De acordo com dados divulgados pelo REDES / FIEPA, nos próximos três anos, empresas do setor mineral que atuam no Pará poderão investir R$ 36,1 bilhões em seus projetos espalhados pelos quatro cantos do querido estado do Pará. Um investimento que vai ser transformado em capacitação, emprego e renda para as comunidades onde as operações serão instaladas e oportunidades de negócios para empreendedores locais que poderão virar fornecedores das empresas do setor mineral.

A sustentabilidade é um dos principais assuntos que pautam a opinião pública e uma das prioridades do Simineral. Que ações serão desenvolvidas para reforçar essa pauta?

É importante compreender que o tema sustentabilidade é um dos pilares fundamentais aos empreendimentos para tornar o conceito da mineração sustentável uma realidade. É dessa forma que o Simineral acredita na produtividade aliada à consciência ambiental e incentiva práticas que reforcem essa ideia. O estabelecimento de parcerias entre as universidades que nos auxiliam no que diz respeito a pesquisas para a construção de um cenário mais assertivo e compromissado com essa área. Além disso, nossas associadas já apresentam uma aderência nesses conceitos utilizando tecnologias e desenvolvimento de processo que visam a preservação do meio ambiente, a qualidade do seu colaborador e o diálogo com os steakholders. Esses são processos internos de trabalho que refletem na preservação do meio ambiente e desenvolvimento de pessoas.