Setor da construção se destaca na criação de novas vagas de empregos formais no Estado

Foto: Arquivo pessoal – Gisandro Massoud

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o setor da construção gerou quase 11 mil postos de trabalhos formais no Pará. O balanço sobre a Flutuação do Emprego Formal no Setor da Construção mostra que foram feitas 75.974 admissões contra 65.221 desligamentos no setor em todo o Estado, de abril de 2021 a março de 2022.

O número representou o maior resultado entre os estados da Região Norte, seguido pelo Amazonas, com saldo positivo de 3.329 postos; Acre, com 1.598 novas vagas preenchidas; e Rondônia, que contratou 742 profissionais no setor. Em toda a Região Norte, foram 136.833 admissões contra 120.296 desligamentos, totalizando 16.537 novos postos de trabalho.

Mesmo assim, o cenário exige cautela, de acordo com Alex Carvalho, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon). Ele reitera que o a construção civil é reconhecidamente um dos setores da economia que se destaca por sua tenacidade e resiliência, embora enfrente o desafio do aumento de preços.

“Estamos passando, mais uma vez, por um teste de fogo com toda a instabilidade que o mundo vive atualmente. O nosso setor tem sido castigado demais com a alta de preços dos materiais de construção, mas ainda consegue apresentar números significativos na geração de empregos. Os aumentos excessivos ocorridos provocaram um freio no ritmo das obras em andamento, inibindo novos investimentos. Essa situação vem sendo constantemente informada às autoridades competentes para que medidas anticíclicas possam contrabalancear esse desequilíbrio econômico”, disse o presidente.

Ainda segundo o Dieese, em janeiro e fevereiro de 2022 houve queda no comparativo entre profissionais admitidos e desligados, mas em março esse número voltou a alcançar um saldo positivo, com 5.836 admissões contra 5.748 desligamentos, totalizando 88 postos de trabalhos formais a mais.

Para Alex Carvalho, há outros indicadores que podem ser observados, como os resultados apresentados no censo imobiliário do Sindicato, que apontaram uma queda vertiginosa no número de lançamentos de novos empreendimentos.

“Apesar de tudo, por reconhecer o potencial do setor da construção, as perspectivas são sempre otimistas. A história nos faz acreditar que seguiremos firmes e muito em breve estaremos enfim celebrando mais um bom momento. Para tanto, conclamamos outros setores que integram a cadeia produtiva da construção a firmarmos um pacto colaborativo em prol da geração de emprego formal e de renda, contribuindo, assim, para o Estado do Pará. É o que mais desejamos neste momento”, frisou.

Gisandro Massoud, fundador e presidente da Prime Residencial. Foto: Arquivo pessoal

O fundador e presidente da Prime Residencial, Gisandro Massoud, avalia com otimismo os números alcançados pela empresa nos últimos doze meses. Segundo ele, foram mais de 200 novos postos de trabalho formais na organização. “Mesmo diante do cenário desafiador devido ao aumento do custo dos materiais de construção, apresentamos crescimento na geração de vagas de emprego. Como empresário há mais de 16 anos do ramo, sigo otimista e aguardo com entusiasmo o crescimento das atividades”, pontuou.