Feiras criativas movimentam o empreendedorismo local

Passear por Belém aos finais de semana e encontrar feiras criativas de empreendedores locais vêm sendo cada vez mais frequente e isso vem chamando atenção dos produtores sobre o consumo consciente e o incentivo do público ao mercado regional.

Foto: Mário Quadros/Ascom Secult.

A comunicóloga e produtora cultural e idealizadora do projeto Beirando a Moda, Loli Furtado, acredita que esse aumento se dá pelo crescimento do empreendedorismo gerando a necessidade de mais feiras colaborativas associadas à busca de produtos locais.

“A realidade do consumo consciente está aí, debaixo do nosso nariz e em constante evolução, e por isso essa de busca por produtos locais, feito à mão, e com responsabilidade social e ambiental vem crescendo. O futuro/presente é esse, é consumir consciente, de quem faz e saber pra onde vai”, destaca Loli.

Foto: Tereza e Aryanne.

A mudança de comportamento paraense também ganha destaque. A produtora cultural aponta que os paraenses estão cada vez interessados em consumir algo da região desde serviços e até a cultura.  E a retomada das atividades sociais com a flexibilização da pandemia de covid-19 vem contribuindo para esse crescimento. “A retomada ainda está acontecendo devagar. Já realizamos 1 edição do mercado itinerante esse ano, num formato bem intimista e foi bem legal, passou cerca de 1500 visitantes e tivemos 30 marcas”.

Loli é idealizadora do projeto Beirando a Moda, que busca incentivar as pessoas a vivenciarem cada vez mais a cultura local, por meio da valorização dos saberes e fazeres manuais e do empreendedorismo. E que e vê perspectivas positivas para o futuro das feiras colaborativas.  “Estamos bem confiantes, já temos algumas programações para o segundo semestre e Acreditamos muito no poder do que é feito aqui e no colaborativo”.

A relação entre empreendedor local e consumidor também está ganhando novos caminhos com o crescimento de pessoas dedicadas as atividades manuais.  E a internet assume um papel relevante por comunicar e ampliar o alcance da arte e cultural local.

“As redes sociais são comunicações instantâneas e acessíveis, grande parte da população hoje em dia tem um celular simples com internet, e através dela conseguimos alcançar milhares de pessoas, e pra gente é incrível. Nós que estamos aqui no norte conseguimos fazer negócios com alguém do sul e até mesmo de outros países. Nossa arte e cultura atravessam oceanos em qualquer momento e em qualquer lugar”, explica a produtora Loli.