O Espaço são José Liberto (ESJL) realizou, na última quinta-feira (17), uma missa alusiva ao Dia do Artesão, comemorado hoje, 19, Dia de São José, padroeiro da categoria. A missa realizada na Capela de São José reuniu artesãos de Belém e distritos, funcionários do Espaço e comunidade do entorno do ESJL e foi celebrada pelo padre Adailson Oliveira, da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no bairro da Cidade Velha.

Considerado o maior coletivo de produtos, produtores e marcas autorais de toda a região Norte do Brasil, o Espaço São José Liberto reúne a produção de quase 700 artesãos que desenvolvem suas atividades desde a região metropolitana de Belém passando pelo Marajó, sudeste do Estado, até áreas ribeirinhas às margens do rio Tapajós, no oeste do Pará. A diversidade de itens é gigante e quem visita a Casa do Artesão encontra objetos produzidos a partir de todo tipo de material retirado da natureza ou até mesmo reciclado, artigos que prezam pela preservação e sustentabilidade. A Casa do Artesão tem, ainda, o artesanato indígena que ganha cada vez mais espaço entre os consumidores.
O artesão Pedro Paulo Pereira, começou ainda criança incentivado pelo trabalho do pai e do tio, dois grandes mestres da cerâmica de Icoaraci, e há 12 anos viu seu caminho cruzar o do Espaço São José Liberto, um encontro que trouxe uma série de transformações não só na estética das peças que produz, mas sobretudo na gestão desse negócio. “Foi de suma importância pro meu crescimento profissional, principalmente na parte da organização, da logística, de prazos. Isso foi bastante impactante porque ás vezes demoramos um pouco mais pra aprender gerir o próprio negócio. Do lado profissional me incentivou, me capacitou, me ensinou a ser mais mais metódico, organizado, e nesse caso os cursos e capacitações foram muito importantes nesse processo. É um Espaço que só veio somar, é um janela que se abriu há 20 anos, que nos dá oportunidade de mostrar nosso trabalho através da nossa arte e do nosso conhecimento”, avalia o artesão.

No ano passado, ainda em meio à pandemia que fechou espaços e restringiu o funcionamento do Espaço São José Liberto, o trabalho do coletivo de artesanato vendeu cerca de 24 mil itens, gerando uma receita de R$ 473.965,41 , ultrapassando em quase 50% a meta prevista para o período. “A gente pode considerar o São José Liberto como um território criativo que virou referência não só da joalheria, mas de desenvolvimento econômico dentro do acesso ao mercado pelo Arranjo Produtivo de Moda e a comercialização de artesanato. Isso traduz o nosso resultado de crescimento em torno de 119% de rentabilidade em cima do investimento que o Governo do Estado faz dentro do Espaço São José Liberto, considerando o que foi comercializado dentro do Espaço, entre os setores de Moda, Artesanato e Joias”, destaca Thiago Gama, coordenador do Núcleo Tecnológico e Comercial do Igama.
Com informações da Assessoria