Superintendente do Iphan Pará, Rebeca Ferreira, faz balanço sobre as ações da instituição em 2021

Na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Pará desde 2019, Rebeca Ferreira possui formação na área da Arquitetura.  É mestre em Arquitetura pela Universidade Federal do Pará, MBA em Gerenciamento de Obras, Qualidade e Desempenho da Construção (IPOG) e graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade da Amazônia.

Foto: Arquivo Pessoal.

Além de uma vasta atuação na área do patrimônio histórico sendo Integrante e colaboradora no Laboratório de Historiografia da Arquitetura e Cultura Arquitetônica – LAHCA/UFPA; membro do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural de Belém (CMPPCB). Ela também é conselheira do Fundo Monumenta Belém; integrante do Grupo de Trabalho criado pela Secretaria de Cultura do Estado do Pará – SECULT, que elaborou o Termo de Referência para o Concurso Público do Parque da Cidade.

A superintendente também é integrante do Conselho Gestor do Parque Estadual Monte Alegre – PEMA e presidente da Comissão Estadual de Avaliação do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (2021-2022). Em entrevista ao site, Rebeca Ferreira fala sobre as ações do Iphan Pará em 2021.

Quais foram as principais ações do Iphan em 2021? E como você avalia essas ações?

No ano de 2021 a Superintendência do IPHAN Pará priorizou ações demandadas pela sociedade civil organizada, como o tráfego de veículos pesados no CHB, a cobrança da manutenção de imóveis abandonados, o embutimento das fiações aéreas (energia e telefonia…) e bem como fortalecemos a fiscalização na área. As ações planejadas de educação patrimonial previstas, como a retomada do Conversa Pai d’Égua tiveram de ser suspensas por conta da pandemia.  Criado em 2012, o ciclo de palestras Conversa Pai d’Égua: falando sobre patrimônio é uma ação da área de Educação Patrimonial da Superintendência do Iphan no Pará. Os eventos tem como objetivo divulgar e refletir sobre as questões mais atuais relativas à identificação, preservação e salvaguarda do Patrimônio Cultural.

Quais foram os eixos com mais demandas no ano passado?

Denúncias de intervenções irregulares em áreas protegidas (patrimônio material) costumam ser nossa maior demanda. Tivemos diversas demandas também na área de arqueologia, com várias denúncias de instalação de empreendimentos e pavimentação de rodovias, sem a devida manifestação do Iphan, bem como denúncias de achados arqueológicos.

Teve alguma nova frente de trabalho ou projeto lançado ou inaugurado em 2021?

Iniciamos uma força tarefa em conjunto com o MPF para cobrar melhorias de planejamento urbano no Centro Histórico de Belém, seja de moradias ou problemas de infraestrutura.

Qual sua perspectiva para o ano de 2022? E quais as propostas de ações do órgão para este ano?

Em 2022, esperamos concluir o passivo de processos de tombamento e retomar as ações de educação patrimonial até então paralisadas pela pandemia.