Entrevista com Eduardo Yamamoto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém – Sindilojas

Formado em Direito, desde a adolescência Eduardo trabalhou no grupo empresarial da família, Yamcol, passando por estágios em empresas no Japão. Atualmente, é diretor de Expansão e Novos Negócios e se prepara para iniciar sua gestão à frente do Sindilojas, a partir de 21 de janeiro desde ano. Nesta entrevista exclusiva para o Cenário News, ele destaca os planos para o Sindicato.

Foto: Tommy Souzza

Quais os projetos para o Sindilojas no próximo quadriênio?

Política forte de compliance, transparência na prestação de contas e aumentar a base de associados em pelo menos 500 lojistas. Atualmente, são 28 regularmente associados.

Como você avalia as perspectivas do mercado lojista de Belém nesta retomada gradativa da economia?

Temos a dupla missão de conciliar com os efeitos do coronavírus na economia (escassez de mercadoria, alta dos preços, endividamento do lojista, inadimplência alta, funcionários doentes). Tudo isso se soma com a mudança do comportamento de consumo do cliente, que migra da loja física para o modelo digital. Nossa missão aqui é ingressar no “Figital” = Físico + Digital, o famoso Omnichannel.

Quais serão as bases da sua gestão?

Reerguer o sindicato com a união das entidades coirmãs (ACP, ADVB, Sebrae, Fecomércio, Associação dos Lojistas de Shopping Center e consulados das nacionalidades dos nossos lojistas – japonês, libanês, português e italiano). Além disso, capacitar o lojista, seus colaboradores, o seu negócio como um todo para o mercado, com palestras e conteúdos de nível nacional e internacional, aproximar o lojista dos entes governamentais para tratarmos assuntos de interesse público e gerar network entre os mais diversos empresários.

O que os lojistas podem esperar com relação ao trabalho que será desenvolvido pelo Sindilojas nos próximos quatro anos?

Que saibamos conviver com o coronavírus, tomando todas as medidas preventivas para evitar um novo lockdown e garantir um cotidiano mais próximo da normalidade possível, que a economia retome o crescimento que estava trilhando antes da pandemia e que o ambiente de negócios seja próspero para as empresas, gerando emprego e renda para a população. Quanto ao Sindilojas Belém, uma reforma no Estatuto que facilite a entrada de novos sindicalizados, com uma política firme de transparência e compliance. Um Sindilojas apartidário, republicano, que defenda a pauta do lojista, independente se ele é de shopping center ou de rua, do centro Comercial ou das inúmeras feiras e até do e-commerce. A prioridade é uma só: o coletivo e não o individual. Um sindicato que dialogue com os governos dos três níveis da Federação e que some com as entidades coirmãs. Temos muito a agregar com a cidade, que precisa de atenção, mas para que tudo isso aconteça, devemos sindicalizar bem mais do que as atuais 28 empresas que estão com a gente. Estima-se que Belém possua 5 mil empresas abertas, então uma meta é encerrar 2022 com 500 empresas sindicalizadas (10% do total).