Dia do Corretor de Seguros: entrevista com Luiz André Santos

Foto: Edmilson Muniz

Nesta terça-feira, 12 de outubro, é comemorado no Brasil o Dia do Corretor de Seguros, data instituída em 1970 para celebrar os profissionais da área. Em entrevista exclusiva para o Cenário News, Luiz André Santos, corretor de seguros, delegado da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) e diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros do Pará (Sincor/PA), fala um pouco sobre as conquistas e os desafios da profissão.

Como tem sido sua trajetória nessa área?
Passei por variadas funções em algumas seguradoras até chegar onde estou hoje: trabalhando como corretor de seguros em todos os ramos, com experiência e muito amor pela minha profissão. Me dediquei bastante ao mercado segurador e, com o tempo, fui conquistando espaço em diferentes cargos. Há 14 anos, tenho uma corretora em sociedade com meu filho, Luiz Guilherme, e tenho o maior orgulho de saber que ele gosta, está à frente de toda a parte administrativa da corretora e em breve ele estará iniciando o curso da Escola Nacional de Seguros como Corretor de Seguros. Sou otimista em relação ao mercado. É um campo que tem muita coisa a se explorar ainda para crescer. Destaco a importância de o setor brasileiro aproveitar as oportunidades. Acho que no Brasil o corretor se volta muito para o ramo de automóvel, por trazer um resultado mais imediato, e acaba deixando de lado outros nichos, como vida, saúde, previdência, os quais geram relação humana, são grandes aliados do corretor e precisam ser valorizados. Hoje em dia, se faz venda até pelo WhatsApp. Não tem problema, mas seguro é pessoal. Precisa haver interferência e relação pessoal. É muito importante para poder passar ao segurado nosso conhecimento técnico. Sou extremamente grato pelas pessoas as quais me deram uma oportunidade de poder ter experiências e relacionamentos vividos ao longo desses anos no mercado de seguros. Muitos dos meus clientes e colegas de trabalho tornaram-se meus amigos. Essa boa relação com o pessoal é o que me dá força e motivação para continuar atuando.

Como os profissionais da área se adaptaram para atravessar esse período de pandemia?
Tivemos que ter muita resiliência nesse momento devido à pandemia, mas a tecnologia teve um importante papel nesse sentido de uma forma geral, com a disponibilização de canais digitais, como aplicativos, chats, grupos de conversas, atendimento online 24h por dia, entre outras, que nós buscamos e tivemos que mudar radicalmente a experiência com os nossos segurados através de contato remoto por meio das mais diferentes ferramentas digitais que a tecnologia nos oferece. Ao mesmo tempo, ela traz comodidade, agilidade e segurança ao segurado. Isso vai desde o processo de contratação de coberturas até o apoio ao cliente, no caso de pedido de indenizações. Muitos são os exemplos recentes de prestação de serviços remotos por parte das seguradoras.

Quais as expectativas para o futuro da profissão?
Depois de o setor de seguros ser anunciado na lista de serviços essenciais pelo Governo Federal, a nossa profissão de corretor de seguros tem futuro garantido. Recentemente foi divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no dia 09 de abril, os empregos que irão desaparecer, o que garantiu que o corretor será cada vez mais necessário. No entanto, destaco a evidente necessidade de o profissional aprimorar a qualificação cada vez mais. O corretor deve se configurar como um consultor de seguros. Temos tudo para crescer ainda mais, com a expertise e o atendimento diferenciado que sempre foram principais diferenciais dos corretores de seguros.