Você já imaginou que metade de um tijolo pudesse ser feito com garrafas PET? Pesquisadores do Instituto AmazôniaTEC, sim. Há seis anos eles desenvolvem uma tecnologia 100% paraense, que transforma resíduos plásticos em tijolos ou bloquetes. Um tijolo, por exemplo, é feito com cerca de 68 garrafas pet e, ainda, com 15% de vidro. Segundo os pesquisadores, o tijolo é mais resistente que o tradicional, feito de cerâmica.
O projeto, dentro do modelo de economia circular, visa retirar resíduos sólidos dos lixões e aterros e dar a eles outras destinações. Em um projeto piloto, uma casa já chegou a ser construída utilizando o material. A ideia é que essas tecnologias possam ser usadas em regiões remotas da Amazônia. Para o presidente do Instituto AmazôniaTEC, Rodrigo Hühn, é possível fazer a economia circular em regiões de difícil acesso na Amazônia. “Tiramos aquele plástico, aquele resíduo que, agora, consegue chegar à habitação e à pavimentação. É a economia circular aplicada em áreas de difícil acesso na Amazônia”, explica.
Em entrevista ao podcast do Simineral ON, José Mattos, CEO e head de projetos da ViaFloresta, um hub de inteligência em Educação Empreendedora, Investimento de Impacto e Desenvolvimento Territorial, que visa desenhar e entregar soluções conectadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e apoiadas em tecnologias e métodos inovadores e disruptivos, explicou o conceito de “economia circular”: “o melhor uso de recursos naturais, novos modelos de negócios e, principalmente, a otimização de processos de fabricação que possam ter menor dependência de matéria-prima virgem, priorizando insumos que sejam mais duráveis, recicláveis, renováveis, enfim, que possam ter uma vida, uma durabilidade maior”.
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O Simineral ON de setembro também contou como a SINOBRAS, de Marabá, se tornou a maior recicladora do norte e do nordeste brasileiro. A siderúrgica produz aço com 70% de sucata e 30% de ferro-gusa líquido. O aço é um dos materiais mais recicláveis do mundo, podendo ser 100% reutilizado, sem perdas.
Para o presidente do Simineral, Anderson Baranov, a economia circular “nos desafia enquanto indústria a repensar nossos modelos de negócios a fim de agregar valor aos produtos e serviços, a pensar em soluções que contribuam para que as empresas possam reciclar mais e com menor custo, ao passo que também expõe oportunidades estratégicas [para os negócios]”.
SERVIÇO:
SIMINERAL ON – ECONOMIA CIRCULAR
www.simineral.org.br/simineral-on