‘Na Fábrica’: Projeto do Governo do Pará contribui para fortalecer o setor produtivo

Mais de 150 indústrias incentivadas pelo Governo, ampliação e modernização de distritos industriais, política de desburocratização e acompanhamento do setor produtivo e atração de novos investimentos para o Estado, são algumas das prioridades do projeto de governo

Com o objetivo de promover a integração entre as grandes indústrias instaladas no Pará, juntamente com os órgãos que trabalham no fomento da economia do Estado, o projeto na Fábrica, do Governo do do Pará já reflete em desburocratização da administração pública e criação de projetos que aquecem economia, gerando emprego e renda em todas as regiões do Estado.

“Se não entendermos a demanda um do outro, como vamos resolver os nossos problemas?”. Esse questionamento é do diretor presidente da Sococo Agroindústria da Amazônia, Emerson de Melo Tenório, que recebeu a visita da Comitiva do Governo do Pará, por meio do Projeto “Na Fábrica”, nesta última semana. Segundo ele, a visita à indústria foi essencial para esse alinhamento com o estado. “Essa é uma ideia extraordinária porque é preciso que se estreite cada vez mais a relação público-privada no Brasil. Precisamos quebrar esse ciclo de desconfiança e construir um ciclo de entendimento e só se entende nos visitando e nos conhecendo, mutuamente” diz. 

Atualmente, a Sococo emprega cerca de 13 mil pessoas e exporta seus produtos para diversos países. Além da visita à unidade da Sococo, em Ananindeua, no bairro do Distrito Industrial, a comitiva do Governo do Estado esteve na futura instalação da Polimix, também no Distrito Industrial. 

A Polimix Concreto é uma das maiores empresas de concreto do Brasil. Possui 200 unidades, presença em 7 países (Brasil, Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia, Panamá e Estados Unidos) e capacidade anual para produzir 12 milhões de metros cúbicos de concreto.

De acordo com o Secretário de Meio Ambiente de Santa Izabel do Pará, Jorge Bitencourt, esse contato com o setor produtivo pode estimular a geração de emprego e renda. “Estar junto do empresário, da produção e entender as dificuldades e necessidades para trazer soluções é o caminho correto. A iniciativa privada precisa que o ente público entenda toda a complexidade de uma fábrica de grande porte. Compreendendo isso, o ente público pode trazer soluções mais rápidas, gerando emprego e renda.” 

A proposta das visitas do estado com essas visitas que ocorrem, semanalmente, é incentivar o setor industrial paraense e desburocratizar alguns processos. “Visitar as fábricas significa conhecer e, a partir daí, planejar para que a gente possa ter resultados muito mais produtivos e, também, observar o potencial que as fábricas têm no estado do Pará”, finaliza o Secretário Adjunto de Trabalho, Emprego e Renda, Miriquinho Batista. 

INCENTIVOS FISCAIS

Em busca da consolidação de um desenvolvimento econômico moderno, competitivo, socialmente mais justo e sustentável, o Governo do Pará investe em mecanismos para atrair investimentos que possam resultar em impactos positivos para o Estado. Entre as iniciativas, os incentivos fiscais ganham destaque por contribuir diretamente para o crescimento do setor industrial paraense. 

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), que faz parte da presidência da Comissão da Política de Incentivos, possui papel estratégico para garantir, sobretudo, a geração de emprego e renda no Pará. Segundo José Fernando Gomes Jr., titular da pasta, a Secretaria é a porta de entrada de todo o empreendedor no Estado.

“Quando uma empresa que vem se instalar ou que já está instalada no Estado e quer se modernizar está em busca de benefício fiscal, ela traz o seu pleito para a Sedeme, que pode conceder até 95% de incentivo, dependendo da análise do projeto. Estamos dinamizando nosso trabalho, com reuniões mensais para dar celeridade no processo de instalação de novas empresas no Estado, ampliação de parques e modernização”, explica.  

Já são 151 empresas incentivadas pelo Governo do Pará, atualmente, e com o objetivo de promover a integração entre as grandes indústrias instaladas no Pará, juntamente com os órgãos que trabalham no fomento da economia do Estado, o Projeto

Nos últimos anos foram concedidos incentivos a indústrias em municípios como Abaetetuba, Ananindeua, Benevides, Belém, Castanhal, Dom Eliseu, Igarapé Miri, Marabá, Marituba, Novo Progresso, Santa Bárbara, Santarém, São Domingos do Araguaia, Tailândia, Tomé-Açu e os casos mais recentes na ilha do Marajó. 

MARAJÓ
Com foco na atração de investidores para alavancar a economia da maior ilha fluviomarinha do planeta, o Governo do Estado trabalha para a consolidar o desenvolvimento econômico sustentável no arquipélago marajoara.

“De todas as nossas Regiões de Integração, (Marajó) é a que mais precisa de um olhar diferenciado. Do ponto de vista econômico, é a mais “deprimida” e isso é um problema histórico, entendendo a dificuldade locacional, de mão de obra, de insumos e logística. Então, a nossa política de incentivos, que já era interessante para qualquer região do estado, no Marajó é ainda mais forte porque nós precisamos estimular, ainda mais, indústrias naquela região”, explica o secretário operacional da Comissão da Política de Incentivos ao Desenvolvimento Socioeconômico do Estado do Pará (Secop), Danilo Gonçalves de Souza.
 
As empresas aprovadas no Marajó foram: Fruta Pronta e Induspar. As duas vão receber crédito presumido de 100%, além da isenção sobre o ICMS na aquisição da energia elétrica e, também, sobre o frete para dentro da indústria, benefícios que apenas empresas do Marajó possuem. 
 
A indústria Fruta Pronta trabalha com polpa de açaí, no município de Portel, e a Induspar fabrica conservas de palmito de açaí, em Afuá. Ambas são projetos de ampliação e modernização das indústrias e representam muito bem a produção regional tipicamente amazônica que atende o mercado local e internacional. 

DISTRITO INDUSTRIAL – ANANINDEUA

Para o diretor de Atração de Investimentos da Codec, Manoel Ibiapina, o acolhimento de novas empresas nos distritos industriais do estado representa o crescimento econômico direto da região. “São empresas que estamos dialogando desde o início, e será uma grande satisfação receber investidores com alta tecnologia industrial que gera milhares de empregos e não oferece impactos ambientais”, informa o diretor.

O grupo Mizu já está em fase de implantação do canteiro de obras para a construção da nova fábrica em Ananindeua. Para exportar seus produtos, a empresa vai utilizar tanto o acesso de rodovias, devido à proximidade com a BR-316, quanto as hidrovias, já que a área da fábrica dá acesso direto ao rio Maguari, localizado no município e dá acesso hidroviário para outros rios da região.

DISTRITO INDUSTRIAL BARCARENA

“Foi um dia histórico, porque nós nunca tínhamos reunido tantas secretarias estaduais e entidades representativas de uma só vez em Barcarena. É o começo de um trabalho em conjunto, porque nós sabemos da importância de nosso município para o Pará e para o Brasil. Com cada um de nós contribuindo, nós vamos acelerar e fortalecer o crescimento de Barcarena”, afirmou o prefeito de Barcarena Renato Ogawa.

De acordo com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) e presidente do Centro das Indústrias do Pará (CIP), José Maria Mendonça, o Pará é a “bola da vez” no crescimento industrial.
 
“Isso que nós estamos testemunhando aqui é o início da implantação de um Polo Metal Mecânico aqui em Barcarena. Outras indústrias virão com o mesmo engajamento e todas são complementares nessa cadeia produtiva e verticalização dos processos. A gente acredita que todas as indústrias aqui possuem um futuro promissor de expansão de suas capacidades de negócios”, afirma o representante da Fiepa na caravana do Projeto Na Fábrica.

AGROPECUÁRIA

Para Daniel Freire, presidente do SindiCarne, o objetivo é avançar nos estudos sobre a cadeia produtiva no estado. “Queremos progredir mais na pesquisa para aumentar a produtividade e a renda das mais de 100 mil propriedades que trabalham com pecuária nos 144 municípios do estado. Com a pesquisa nós podemos desenvolver aqui uma pastagem de melhor qualidade, que se adapte melhor ao estado, e melhorar a qualidade da carne. Além disso, vamos tornar o preço da carne mais acessível a todos os consumidores do estado do Pará, do Brasil e do mundo”, destaca.  
 
Por meio deste apoio do Governo do Estado, surge um novo formato de incentivo fiscal. Com isso, um dispositivo, que já existia na Lei de Incentivos há mais de 20 anos, está regulamentado para a geração de um ambiente mais propício à geração e disseminação de conhecimento e negócios.

Texto: Agência Pará