IBGE divulga Pesquisa Anual de Serviço para o ano de 2019

O Pará foi o estado com maior percentual de crescimento em participação na receita bruta da região Norte durante a década de 2010 a 2019

Foto: Divulgação

O IBGE publicou a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2019, com a comparação de resultados nos dez anos anteriores. Sobre o estado do Pará, o estudo aponta que a receita bruta do estado foi a que mais aumentou em percentual de participação no contexto da região Norte. No contexto nacional, o Pará, nos dez anos pesquisados, caiu de 15º estado de maior participação na receita bruta nacional para o 16º.

No Pará, ao longo da década pesquisada, a quantidade de empresas atuando no setor de serviços subiu de 4.279 (2010) para 7.241 empresas (2019). Essas empresas geraram para o estado, em 2010, uma receita bruta de R$ 8,9 bilhões, que saltou para R$ 19 bilhões, em 2019. O volume de recursos usados por essas empresas para pagar salários, retiradas e outras remunerações foi da ordem de R$ 1,5 bilhões, em 2010, passando de R$ 3,7 bilhões, em 2019.

A quantidade de pessoal ocupado no setor de serviços do Pará, em 2010, era de 113.246 pessoas. Em 2019, esse número havia subido para 142.598 pessoas. Já o salário médio não aumentou ao longo da década: em 2010, a média salarial no Pará era de 2,1 salários mínimos mensais, passando a 2 salários, em 2019 (o IBGE considera essa uma variação estável).

Em 2019, a Região Norte concentrou a maior parcela de sua receita bruta de serviços em dois Estados: Amazonas (38,2%) e Pará (36,5%). Em números absolutos, o setor de serviços no Pará gerou, em 2019, mais de R$ 19 bilhões dos cerca de R$ 52 bilhões gerados em toda a região Norte.

Apesar de ter ficado em segundo lugar, o Pará foi o registrou maior ganho de participação no total da região ao longo dos 10 anos pesquisados, subindo de 34,4%, em 2010, para 36,5%, em 2019, resultando em aumento de 2,3 pontos percentuais (p.p.). Já o Amazonas registrou queda de 1,8 pp na participação na receita bruta da região: de 40%, em 2010, passou para 38,2%, em 2019.

Em relação à receita bruta do Brasil, a receita do Pará representava, em 2010, 0,9% do total, o que garantia ao Pará a colocação de 15º estado de receita mais relevante em contexto nacional. Já em 2019, a receita do Pará passou a representar 1% do total nacional. Ainda assim, o estado caiu uma posição no ranking nacional.

No ranking nacional de pessoal ocupado no setor de serviços, o Pará era o 13º estado, com 1,1% de todo o pessoal ocupado em serviços no Brasil, em 2010. Em 2019, o estado havia descido para o 14º, ainda com 1,1% do pessoal ocupado do total nacional.

No ranking dos salários médios pagos pelas empresas de serviços, o Pará subiu de posição ao longo da década: em 2010, ocupava a 8ª colocação, com 2,1 salários mínimos mensais; em 2019, havia subido para a 6ª posição, com 2,02 salários mínimos mensais.

Na análise ano a ano, a participação da receita bruta gerada pelo Pará apresentou tendência de crescimento, no contexto regional, em quase todos os anos, com queda apenas na passagem de 2013 (36,1%) para 2014 (34,9%); e de 2017 (36,9%) para 2018 (36,2%).

Pará: segmentos

No Pará, em 2019, o segmento mais relevante foi “Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” que garantiu 36,4% do total da receita bruta do estado, naquele ano. Em seguida, veio “Serviços profissionais, administrativos e complementares”, com 24,5% do total da receita do estado; e “Serviços de informação e comunicação”, com 20,4%. Os segmentos menos relevantes no estado foram “Serviços prestados principalmente às famílias” (12,2%); “Outras atividades de serviços (2,9%); “Atividades imobiliárias” (2,6%); e “Serviços de manutenção e reparação” (1,1%).

Sobre a Pesquisa

A PAS é produzida com base em sete segmentos: Serviços prestados principalmente às famílias; Serviços de informação e comunicação; Serviços profissionais, administrativos e complementares; Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; Atividades imobiliárias; Serviços de manutenção e reparação; e Outras atividades de serviços. Dentro desses segmentos, a PAS cobre 34 atividades. As principais variáveis cobertas pela pesquisa são: Emprego e salários; Receitas de prestação de serviços; Custos e despesas; Regionalização da receita e salários.

Vale lembrar que a PAS é baseada em resultados apenas das empresas prestadoras de serviços não financeiros e que não faz parte do escopo da pesquisa a identificação de causas da evolução dos indicadores ou sua relação com elementos conjunturais específicos em cada região ou estado.

Os dados da PAS 2019 estão disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) por meio do link https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pas/tabelas.