
Puxado pelo aumento da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,85% em agosto. Na comparação com o mês anterior (0,76%), a prévia da inflação em Belém refletiu aumentos maiores em agosto. No ano, o indicador acumula alta de 6,19% e nos últimos 12 meses, de 9,85%, apontam os dados divulgados hoje (25) pelo IBGE.
Com aumento de 6,18%, a energia elétrica exerceu o maior impacto individual no resultado. No contexto da crise hídrica, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de julho e agosto. Além disso, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional da bandeira, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos (frente a R$ 6,243 em junho).
Reajustes tarifários ocorridos em Belém também explicam o resultado em agosto. Com isso, o grupo habitação ficou com a maior alta no mês: 3,17%. Além da energia elétrica, o grupo habitação foi influenciado pelos aumentos nos preços do gás de botijão (1,80%) e do carvão vegetal (1,70%).
A segunda maior contribuição para o IPCA-15 de agosto veio do grupo alimentação e bebidas, com aumento de 1,03%, despesas pessoais (0,67%). As únicas quedas foram em saúde e cuidados pessoais (-0,32%) e transportes (-0,05%).
No grupo alimentação, o preço da alimentação no domicílio (1,32%) acelerou em relação a julho (0,09%). Os itens que tiveram os maiores aumentos foram a cenoura (22,01%), o tomate (16,12%), o café moído (6,97%), o leite condensado (6,47%) e a batata-inglesa (6,28%). Por outro lado, caíram o preço do açaí (-6,91%) e da cebola (-6,60%).
Já no grupo transportes, que acumulava seis altas sucessivas, a deflação observada em agosto foi influenciada principalmente pela queda no preço das passagens aéreas (-13,90%). Além disso, o preço do transporte público (-4,15%) também apresentou queda. Em contrapartida, os combustíveis seguiram em alta (0,93%).
Com informações da Ascom IBGE