Preços crescem menos em junho na Região Metropolitana de Belém

Com a redução no preço de alguns alimentos e da passagem aérea, a inflação na Região Metropolitana de Belém continuou crescendo, mas num ritmo menor

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Depois de ficar em 0,48% no mês anterior, em junho a inflação cresceu menos: 0,24%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (8) pelo IBGE. No país como um todo, o IPCA cresceu 0,53% em junho, depois de ficar em 0,83% no mês anterior. O valor mensal do índice é o resultado do comportamento de uma variada gama de produtos e serviços, alguns dos quais subiram de preço, outros não tiveram variação e outros experimentaram queda.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram redução de preço em junho. Pela primeira vez depois de 12 meses de altas consecutivas, o preço dos alimentos, tomados em seu conjunto, caiu.

O grupo alimentação e bebidas apresentou a maior retração no índice (-0,18%), o que significa que os seus itens tiveram as maiores reduções de preço, puxando a inflação para baixo. Destacaram-se a batata-inglesa (-15,38), a cebola (-13,70), a cenoura (-9,87), o tomate (-9,37) e o feijão carioca (-7,76%) e preto (-5,83). Por outro lado, alguns itens também tiveram aumento nos seus preços, foi o caso do café moído (4,41%), da cerveja (3,41%) e dos açúcares e derivados (3,34%). As carnes também continuam subindo (1,46%), acumulando alta de 9,03% no ano. Vale ressaltar que esse é o grupo de produtos e serviços com maior peso no orçamento familiar (27,67% do total de gastos).

Outro grupo que apresentou deflação em junho foi o de transportes (-0,10%), depois de quatro meses de altas consecutivas. A redução mais expressiva foi no preço da passagem aérea (-5,68%), seguida pelo preço de acessórios e peças (-3,70%). A gasolina (-0,03%) e o óleo diesel (-1,47%), que respectivamente acumulam expressivas altas de 23,39% e 26,87% no ano, em junho também tiveram queda nos valores.

Já o grupo que apresentou o maior aumento do índice, puxando a inflação para cima, foi o grupo artigos de residência, com alta de 1,23%. Os itens que mais tiveram aumento foram os aparelhos de TV, som e informática (2,91%) e os eletroeletrônicos (2,07%), ficando mais caras as suas compras. Deve-se destacar que esse foi o grupo que experimentou maior aumento de preços até junho de 2021: 7,63%.

O grupo saúde e cuidados pessoais foi o que teve o segundo maior aumento , com alta de 1,12%. Nesse grupo, houve elevação no valor de produtos farmacêuticos (1,79%), principalmente antialérgicos (3,77%) e analgésicos (2,38%), e de produtos de higiene pessoal (1,26%).

Em relação ao grupo habitação, que em maio teve alta de 0,66%, impulsionada pelo aumento da energia elétrica, em junho continuou em alta (0,54%), mas desacelerou em comparação com o mês anterior. A energia elétrica residencial ficou com alta de 0,37%.

É importante lembrar que, até junho de 2021, a inflação acumulada na Região Metropolitana de Belém foi de 3,63%, valor muito próximo do que foi registrado para o país como um todo: 3,77%.