O estado do Pará foi alvo de uma aplicação de R$ 2,1 bilhões no Plano Safra 2020/2021 do Banco da Amazônia (Basa), principal instituição financeira de fomento do governo federal. Este valor representa o crescimento do agronegócio, especialmente em um ano de forte pandemia que afetou toda a economia. Mesmo neste cenário, as contratações do Basa cresceram 31,3% em relação ao ciclo anterior, onde foram aplicados R$ 1,6 bi. Para a nova Safra, o Banco disponibiliza R$ 2,2 bilhões somente para o Pará.
Nas últimas cinco safras, o Basa aplicou no agronegócio paraense o valor R$ 6,06 bilhões, o que representa maior geração de alimentos e de renda para a população. De acordo com o gerente executivo de Pessoas Físicas, Luiz Lourenço Neto, as expectativas para o novo plano safra é superar o resultado anterior. “Nossa disponibilidade de recursos aumentou com relação à meta da Safra anterior em 46,7% porque esperamos atingir mais produtores, em especial os mini e pequenos”, revelou.
Na semana passada, o Basa anunciou, durante uma live, recursos na ordem de R$ 7 bilhões para o Plano Safra 2021/2022, com taxas e condições de financiamento especiais em relação ao mercado. Do total a ser aplicado, R$ 4 bilhões são para o para o mini, pequeno e agricultor familiar.
O pecuarista Gustavo Grotto, morador de Novo Repartimento-PA, foi um dos alvos da ação creditícia do BASA. Ele obteve um financiamento com recursos do FNO para investimento em pecuária de corte. Com o aporte financeiro, ele comprou matrizes, um trator com implementos para fazer a reforma das pastagens, tronco e balança para melhorar o manejo e controle, além de cercas para melhor dividir as pastagens. A parceria fez sua fazenda crescer com sustentabilidade. Agora ele está investindo na fruticultura. “Fui atrás da realização de um sonho que foi criar um projeto de frutas amazônicas, que é o que realmente amo”, relatou.
O presidente do Basa, Valdecir Tose, durante o lançamento do Plano Safra, reforçou o compromisso do Banco com a sustentabilidade da Amazônia. “Aplicamos muito em recuperação de pastagens, isso traz um benefício ambiental muito significativo, estimulamos o produtor a fazer integração, lavoura pecuária e reflorestamento, preservando o ambiente. O BASA tem uma análise socioambiental desde a agricultura familiar até o grande produtor. Não financiamos área embargadas, produtores que possuem pendências socioambientais. O Banco busca atuar dentro da sua política de responsabilidade socioambiental, direcionando para o agronegócio sustentável.
Aplicação do FNO no Pará
Hoje, 09 de julho, o Basa completa 79 anos de atuação nos nove estados da Amazônia Legal, sendo responsável pela aplicação de 65% do crédito de fomento na região Norte. A principal fonte de recursos de crédito, operada pelo Banco, é o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). No estado do Pará, a participação do FNO na economia é de 74,17%.
Desde o início das operações com o FNO na Região Norte, há 32 anos, o Basa aplicou somente no Pará, o valor de R$ 22,30 bilhões com recursos do FNO. De acordo com a gerente executiva de Planejamento, Márcia Mithie, a missão do FNO é contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região, através da execução de programas de financiamento aos setores produtivos, em concordância ao plano nacional de desenvolvimento regional.