Região Xingu é responsável por 80% do cacau produzido no Estado
Nesta quarta-feira, 7 de julho, é celebrado o Dia Mundial do Chocolate. Um dos doces mais apreciados do mundo, ele tem grande destaque na cadeia produtiva paraense, isso porque, há seis anos, o Estado carrega a marca de maior produtor de cacau do país. Segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), entre os municípios que mais se destacam, estão Medicilândia, Uruará, Altamira, Placas, Anapu, Brasil Novo, Novo Repartimento, Tucumã e Tomé-Açu.
Para incentivar o cultivo do fruto, o Sebrae no Pará atua em duas importantes regiões de integração: Xingu e Capim. “O Sebrae vem apoiando nos certificados de origem (Indicação Geográfica), abertura de novos mercados, com participação em feiras e eventos do setor, além do trabalho de gestão das propriedades rurais, com os controles de custos e de fluxo de caixa da propriedade. Os atendimentos são pontuais, com foco no apoio a certificações e na produção ‘Tree to bar’, termo usado para chocolates produzidos pelo mesmo fabricante desde o cultivo até a produção da barra”, explica o diretor-superintendente, Rubens Magno.
O diretor destaca ainda que a atividade cacaueira é fundamental para a balança comercial do estado. Só em Tomé-Açu, por exemplo, o quilo da amêndoa fica em torno de R$ 8,00, o que representa R$ 16 milhões/ano na região. Uma pequena parte da amêndoa produzida em Tomé-Açu fica para o mercado interno e o restante segue para o Japão. A produção alcança em torno de 200 toneladas ao ano. Já na região do Xingu, a amêndoa produzida é comercializada na Transamazônica e para outros estados brasileiros. A região é responsável por 80% do cacau produzido no Pará.
“O diferencial do cacau de Tomé Açu é o trabalho da indicação geográfica e desenvolvimento local e territorial para as famílias envolvidas. Na região, há o ineditismo da produção de cacau originado do Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu, um sistema que simula uma floresta nativa, para que o cacau cresça de forma sustentável”, pontua.
Emprego e renda – De acordo com informações da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), a cadeia produtiva do cacau gera atualmente 60.980 empregos diretos e 243.920 indiretos. Além disso, no último dia 18 de junho, o Governo do Estado, juntamente com a Faepa e a Ceplac, entregaram a nova Escola Indústria de Chocolate, em Medicilância, na região de integração Xingu. A previsão é que sejam inauguradas mais escolas em Igarapé-Miri, Castanhal e Cametá.
Uma das marcas de chocolate genuinamente paraenses é a Gaudens, em atividade desde 2004. O CEO, Fábio Sicilia, conta que o nome surgiu em 2006, inspirado no conceito de felicidade plena. Hoje, os produtos alcançam todo o território nacional e a empresa tem planos de se tornar referência de qualidade e elegância no mercado interno e externo de chocolate. Para isso, investe em produtos exclusivos, com ingredientes ou receitas inovadoras. “Tudo começa com o cacau originalmente paraense, feito com excelência, comprado de produtores premiados na Europa, que passam por um rigoroso critério de seleção e contam com uma grande experiência na área desde 1997”, diz.