
Jorge Portugal, presidente da Associação Paraense de Supermercados, falou sobre reflexos da pandemia no comércio paraense, em entrevista exclusiva ao Cenário News. Jorge Portugal também falou sobre a SuperNorte e sobre as vendas durante o Dia das Mães deste ano. Acompanhe.
Cenário News – Quais os reflexos da pandemia da covid-19 nos supermercados?
Jorge Portugal – O reflexo da pandemia no setor supermercadista ocorreu mais em função do desemprego. Muitas pessoas perderam empregos, houve queda na economia e isso foi um reflexo negativo, mas o setor supermercadista esteve o tempo todo em funcionamento e não fechou em nenhum momento, sempre esteve presente atendendo os consumidores e não deixando faltar alimento. Isso era um compromisso do setor junto aos governantes e conseguimos cumprir. Procuramos obedecer todos os protocolos em nossas lojas, em questão de distanciamento, higienização, a quantidade adequada de pessoas dentro das lojas e também todos os funcionários fizeram uso dos EPI ‘s para evitar a proliferação no nosso setor e o resultado disso foi que tivemos números pequenos de casos em funcionários. Os afastamentos foram pequenos em relação a quantidade de pessoas que foram positivadas com a covid-19. Vejo que o que impactou realmente foi o poder aquisitivo dos clientes, mas em relação funcionamento, sempre estivemos abertos e atendendo os clientes.
Cenário News – Haverá SuperNorte este ano? Se sim, o que o público pode esperar?
Jorge Portugal – Ano passado a Associação não realizou a Feira SuperNorte, realizada no mês de outubro, por conta da pandemia da covid-19. Todas as feiras foram suspensas e este ano também está suspenso, para evitar aglomeração. A data está reservada, mas nós não podemos confirmar se haverá ou não, até porque dependemos de liberação dos governantes, especialmente porque o único lugar com capacidade para comportar o tamanho do evento seria o Hangar Centro de Convenções e sabemos que o Hangar está como hospital de campanha. Então não podemos garantir se haverá SuperNorte ou não.
Cenário News – Houve crescimento de vendas nos dias das mães?
Jorge Portugal – Esse é o período em que sempre ocorre aumento de vendas. Diríamos que é o segundo Natal do comércio. O período do Dia das Mães só perde, em termos de vendas, para o Natal. Devido a pandemia e a situação econômica do país, muitas famílias estão desempregadas e sem poder aquisitivo. Não foi como nos anos passados, antes da pandemia, isso afetou, com certeza, mas tivemos boas vendas, mas não como tivemos em 2018, 2019. Desde o ano passado sentimos a queda em função da pandemia.