O queijo do Marajó agora tem o selo de Indicação Geográfica emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, que publicou a concessão do certificado de registro para o produto fabricado em sete municípios marajoaras. Com isso, o queijo passa a ter reconhecimento no mercado pela sua procedência e pela tradição regional da ilha.
A IG valoriza a produção tradicional na Ilha do Marajó, protegendo uma atividade existente há mais de 250 anos, além de fomentar os negócios. “Ela valoriza o trabalho do queijeiro, que atravessa gerações e sustenta muitas famílias marajoaras, e fortalece os pequenos negócios de toda a cadeia produtiva, que envolve muitas pessoas”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno.
“Isso não só nos enche de orgulho e nos envaidece, pelo reconhecimento de um produto que conta muito de nossa história, mas, principalmente, renova a esperança de que nossa região pode se desenvolver por meio desse reconhecimento”, ressalta a presidente da Associação de Produtores de Leite e Queijo do Marajó, Gabriela Gouvêa. A associação foi a depositária do pedido de IG no INPI, em 2018, e é responsável por sua gestão.
Histórico
O trabalho do Sebrae junto aos produtores iniciou em 2012, quando foi realizado um diagnóstico de potencialidade da implementação de um processo de Indicação Geográfica para o queijo do Marajó, que apontou a viabilidade para a Indicação de Procedência, mediante ações desenvolvidas em cinco eixos de atuação. Outras entidades envolvidas no trabalho são o Senar, Sedap, Adepará, Mapa, Ufra, UFPa, Uepa e Faepa.