O Banco Central anunciou o lançamento da nota de R$ 200 para esta quarta-feira (02/09) e vem gerado muita discussão sobre a necessidade da moeda para a nossa economia. Neste artigo vamos entender os prós e contras do lançamento da moeda e como isso vai afetar o nosso cotidiano.
A crise do coronavírus afetou a nossa economia, isso é fato, mas houve uma demanda muito maior pelo Papel moeda. De acordo com o Banco Central em fevereiro houve um salto de demanda por papel moeda, de R$ 210,2 bilhões para R$ 270,9 bilhões final de junho desse ano, um aumento de 29% em relação a fevereiro.
O motivo para o crescimento dessa demanda pode ser explica através do Auxílio Emergencial, programa do Governo Federal que visa dar um benefício monetário para os desempregados, autônomos e pessoas de baixa renda. A grande maioria dessas pessoas, que não são bancarizadas, formaram filas para receber o seu benefício junto a uma agência da Caixa Econômica Federal. O dinheiro recebido por esse programa tem por objetivo as pessoas poderem pagar suas contas, consumir bens de primeira necessidade entre outros motivos, mas o que foi constatado é o que chamamos de “entesouramento do dinheiro”, ou seja, a prática comum das pessoas em guardar o dinheiro em casa e não colocá-las em circulação. O dinheiro foi colocado em circulação, porém ficaram parados em cofres, carteiras e outras espécies de poupança dentro de casa.
Com o lançamento da nota de R$ 200, o Banco central espera colocar em circulação mais de 450 milhões de notas, somando um total de R$ 90 bilhões em circulação. Os benefícios trazidos com o lançamento da nota são as transações comerciais em espécie serão feitas com menos papel moeda que antes, diminuindo a quantidade de notas e economizando com as novas impressões de cédulas. Levando para o lado do Auxílio Emergencial, os saques serão feitos através de 3 notas de R$ 200, o que antes era feito com 6 notas de R$ 100. Em contraste aos benefícios, temos que com o lançamento da nota irá afetar nossas compras com relação a troco. Atualmente em nosso município há um problema crônico com notas menores como as notas de R$ 2, R$ 5 e até mesmo a de R$ 10, dificultando as transações comerciais. Outro problema é que torna mais “fácil” o transporte de numerários em espécie decorrente de atividades ilegais, porque serão demandadas menos cédulas que em relação à cédula de R$ 100.
Veremos a partir da próxima quarta-feira a circulação da nota de R$ 200, após 18 anos desde o último lançamento da nota de R$ 20, e ao todo serão 7 tipos de cédulas em circulação. O animal a ser estampado na nota de R$ 200 será o Lobo-guará, que foi o terceiro colocado na pesquisa feita pelo Banco Central em 2000. Em segundo lugar foi o mico leão dourado, utilizado na nota de R$ 20 e o primeiro lugar foi a tartaruga marinha, utilizada na nota de 2 reais.